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Casa de luxo em vias de ser demolida em Olhão, por diferendo entre autarquia e Ambiente
Donos de casas na ilha de Armona manifestaram-se com receio de que demolição abra precedente. Correio da Manhã

Após um investimento de cerca de 600 mil euros e com a licença de construção por parte da Câmara Municipal de Olhão, um casal de investidores britânicos está em vias de ver ser demolida a sua casa com 260 metros quadrados (m2), na ilha de Armona. Em 2013, Paul Roseby e James Tod decidiram comprar dois lotes de terreno para construir ali uma moradia, mas a obra foi embargada, no ano passado, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A APA considera que a habitação é ilegal porque está a ser construída em Domínio Público Marítimo e fora da concessão da autarquia de Olhão, tendo dado ordem de demolição. 

"Não reconhecem a nossa documentação, legal e autorizada pela Câmara de Olhão, e que pagamos impostos, apesar de não podermos estar na nossa casa", diz um dos donos, Paul Roseby, produtor em Londres, citado pelo Correio da Manhã. 

Na ilha de Armona existem mais 140 casas cujos donos estão agora receosos que, caso a habitação dos britânicos seja demolida, seja aberto um precedente: "Se se livrarem desta casa é fácil demolirem as restantes. E daqui a uns anos constroem um hotel de luxo", afirma ao jornal Bruno Chaves, um dos proprietários que esta semana protestaram em frente à Câmara de Olhão.

Já o presidente da Câmara de Olhão mostra-se confiante quanto à resolução do diferendo. "Estamos convictos da legalidade da licença que passámos e que tem mais de 35 anos. Compreendo a dificuldade de quem ficou preso nesta malha legal que surgiu de opiniões diferentes entre dois órgãos do Estado. Mas confio no bom senso do ministro do Ambiente para resolver o assunto", referiu, por sua vez, o autarca António Pina ao CM.

 

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