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Os preços das rendas, cada vez mais caros em Portugal, andam nas bocas do povo e a tendência de alta - sobretudo nas grandes cidades, agravada no último ano - é confirmada pelas estatatísticas oficiais nacionais e pelos profissionais do setor. Mas, afinal, em Portugal o peso do gasto das rendas no total dos rendimentos é inferior à média europeia, estando a meio da tabela dos países-membros.

Em 2017, os portugueses utilizaram para esse fim 21,1% do que ganham - um recuo face aos 22,6% registados no ano anterior - e na União Europeia em termos médios o valor é de 23,8%.  Ou seja, por cada 1.000 euros de rendimento foram gastos, em média, em Portugal cerca de 211 euros em renda da casa.

Os dados mais recentes do Eurostat, publicados no passdo dia 2 de novembro de 2018, mostram assim que na União Europeia quase um quarto do rendimento mensal (23,8%) é usado na renda da casa. 

Nos polos dessa tabela, estão Espanha (país onde o peso em causa é maior) com 32,1%, e Malta (país onde o peso referido é menor) com 7,6%.

Rendas a subir em Portugal e a pesar menos no rendimento?

Apesar do valor das rendas estar numa trajetória de subida em Portugal, os dados do Gabinete de Estatística da UE mostram um recuo do valor que representam os gastos com a renda da casa face aos rendimentos auferidos no mercado nacional - tendo passado de 22,6% em 2016 para 21,1% em 2017.

Para explicar este fenómeno, contribui a evolução dos rendimentos das famílias nacionais, que têm vindo a subir de forma gradual. No segundo trimestre deste ano, um português ganhava em média 887 euros, todos os meses, o valor mais alto deste o quarto trimestre de 2011.

O valor mais baixo registado em Portugal, segundo a base de dados do Eurostat, foi 14,5% em 2008. 

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