O processo de demolição “por desmontagem” de três das cinco torres que restavam no chamado Bairro do Aleixo, no Porto, já começou. A conclusão dos trabalhos, que arrancaram no final da semana passada, está prevista para o final deste ano. Com a demolição da Torre 5 em 2011 e da Torre 4, em 2013, no último mandato camarário de Rui Rio, restava este lote de três edifícios.
A informação foi confirmada pela FundBox, a entidade gestora do Inversurb, o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado criado em 2010 para gerir o projeto do Bairro do Aleixo, no Porto, que avançou ainda que o processo de desmontagem arrancou na torre 1, depois de ter sido concluído o processo de retirada do amianto presente nos edifícios.
“Foi preciso aguardar que fosse feita a remoção de todo o amianto da cobertura das torres que obedece a um processo especial e, portanto, isso foi um bocadinho mais demorado. A máquina [da desmontagem] entretanto foi montada durante a semana no local e agora está a trabalhar”, segundo a empresa.
A desmontagem nas torres 2 e 3 será feita progressivamente, à medida que vão avançando os trabalhos na torre 1, "mantendo-se, caso não surja nenhum constrangimento adicional, o prazo de seis para a conclusão dos trabalhos", avançou Manuel Monteiro de Andrade, administrador-delegado da Fundbox à Lusa.
Esta demolição por desmontagem, segundo explica o responsável, “é um processo que começa com uma máquina bastante potente e poderosa que consegue chegar à cobertura das torres e que faz a demolição até uma certa altura”.
Dessa altura para baixo, continua o administrador, “entram outras máquinas, mais convencionais, que podem prosseguir com os trabalhos”. “Depois há todo um trabalho de separação dos resíduos da demolição e da sua valorização, ou seja, os betões irão ser todos transformados em brita para ser integrados em processos construtivos, o ferro é todo separado e levado à siderurgia, as madeiras são levadas para serem transformadas em aparadas ou para serem reutilizadas para lenhas ou “pellets”, conclui.
À agência de notícias, Manuel Monteiro de Andrade sublinhou ainda que o processo está a ser acompanhado, desde o primeiro momento pela Quercus, que no início de maio, tinha defendido, numa carta enviada à autarquia, estar disponível para apoiar um trabalho demolição selectiva, com o reaproveitamento e valorização dos materiais existentes nas torres.
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