O Bairro do Aleixo, no Porto, estará vazio em maio, sendo que as três torres existentes serão “desmontadas” e não implodidas. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Moreira.
“Só falta realojar 11 famílias. O processo estará concluído no início de maio. Ao Fundo [Imobiliário, criado para demolir o bairro do Aleixo] solicitámos já que preparasse a demolição das torres, mas não faremos implosão. Vamos desmontar as torres, o que demorará seis meses, mas é melhor em termos financeiros e ambientais”, revelou o autarca, na reunião pública camarária.
Citado pela Lusa, Rui Moreira adiantou que “na primeira semana de maio o Aleixo não terá lá ninguém”, pelo que pode avançar o processo relativo à demolição daquele que já foi um dos mais problemáticos bairros do Porto, nomeadamente devido ao tráfico de droga.
O bairro do Aleixo era constituído por cinco torres, das quais restam apenas três, depois da torre 5 ter sido demolida em 2011 e a torre 4 em 2013, no último mandato de Rui Rio.
“As coisas estão a decorrer bem”, afirmou Moreira, respondendo ao pedido da CDU para fazer um ponto de situação quanto aos realojamentos do bairro.
No que diz respeito à bolsa de casas que o Fundo de Investimento Imobiliário se comprometeu a criar na cidade, em contrapartida pelos terrenos do Aleixo, onde poderá construir, Moreira informou que “o prédio da Travessa de Salgueiros [29 fogos] está em construção”. Quanto ao projeto de habitação para a Rua das Eirinhas [36 fogos], o “licenciamento está concluído”. “Falta, depois, o Bairro do Leal [66 fogos]”, acrescentou.
A reurbanização dos terrenos do Bairro do Aleixo prevê a construção, nos terrenos do bairro, de 7 blocos de habitação de luxo com quatro a cinco pisos, bem como de um edifício comercial de proximidade.
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