Coimbra foi a cidade onde os imóveis ficaram mais caros em pleno confinamento (3,9%), segundo o índice de preços do idealista.
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Preço das casas sobe 0,5% em Portugal no segundo trimestre de 2020 – em plena pandemia da Covid-19
Coimbra, Portugal Photo by Egor Kunovsky on Unsplash

Os preços das casas em Portugal subiram 0,5% no segundo trimestre de 2020 face ao trimestre anterior, fixando-se em 2.070 euros por metro quadrado (m2). Em termos anuais, ou seja, face aos primeiros três meses do ano passado, o aumento foi de 7,1%. Nas duas principais cidades do país, em pleno surto da Covid-19, os preços registaram quebras, nomeadamente de 1,2% em Lisboa e 0,6% no Porto, mas Coimbra destacou-se em sentido contrário: foi a cidade onde os valores mais subiram durante a pandemia (3,9%). Em causa estão os dados do índice de preços do idealista.

Regiões

As regiões que assistiram a um aumento de preços em termos trimestrais foram o Norte (2,8%) e o Algarve (1,9%). Por outro lado, desceram no Alentejo (-1,6%), Região Autónoma da Madeira (-0,6%), e Área Metropolitana de Lisboa (-0,3%) e Centro (-0,2%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 2.997 euros por m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (2.295 euros por m2), Norte (1.765 euros por m2) e Região Autónoma da Madeira (1.557 euros por m2). Do lado oposto da tabela, Alentejo (1.031 euros por m2) e Centro (1.038 euros por m2) assumem-se como as regiões mais baratas.

Distritos

Dos distritos analisados, os maiores aumentos a tiveram lugar no Porto (3,4%), Braga (2,6%), Setúbal (2,4%), Aveiro (2,2%), Faro (1,9%) e Viseu (1,7%). No caso de Coimbra a subida foi de 0,7%.

Por outro lado, desceram em Beja (-3%), Leiria (-1,2%), Guarda (-0,9%), Santarém (-0,6%), Ilha da Madeira (-0,6%). Em Évora (-0,2%) e Lisboa (-0,1%) os preços mantiveram-se praticamente estáveis.

De referir que o ranking dos distritos mais caros continua a ser liderado por Lisboa (3.317 euros por m2), seguido por Faro (2.295 euros por m2) e Porto (2.073 euros por m2). Os preços mais económicos encontram-se na Guarda (641 euros por m2), Portalegre (645 euros por m2),  Castelo Branco (696 euros por m2) e Bragança (751 euros por m2).

Cidades capitais de distrito

Os preços aumentaram em 14 capitais de distrito, com Coimbra (3,9%) a liderar a lista. Seguem-se Viseu (3,7%), Braga (3,1%), Évora (3%) e Vila Real (2,5%). Já no Porto e Faro as subidas foram de 1,6% e 1%, respetivamente.

Por outro lado, foi em Santarém que os preços mais desceram: 5,2%. Seguem-se Beja (3,2%) e Lisboa, onde a descida foi de 1%.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa, 4.664 euros por m2. Porto (2.876 euros por m2) e Faro (1.911 euros por m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Já as cidades mais económicas são Guarda (637 euros por m2), Castelo Branco (731 euros por m2) e Bragança (753 euros por m2).

Tendo em conta a subida do preço da habitação nos últimos 12 meses, Coimbra (15,2%) lidera a lista, seguida por Viana do Castelo (13,9%) e Évora (13%).

O índice de preços imobiliários do idealista

A partir do relatório referente ao primeiro trimestre de 2019, a metodologia de elaboração deste estudo foi atualizada. Após a incorporação do idealista/data no grupo idealista, foram introduzidas novas fórmulas de cálculo que contribuem para uma maior precisão na análise da evolução dos preços, particularmente em pequenas zonas.

Por recomendação da equipa estatística do idealista/data, a fórmula para encontrar o preço médio foi atualizada: além de eliminar anúncios atípicos e com preços fora do mercado, calculamos o valor mediano em vez do valor médio. Com esta mudança, além de tornar o estudo mais próximo da realidade do mercado, homologamos a nossa metodologia com as que se aplicam em outros países para a obtenção de dados imobiliários.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O relatório continua a ter como base os preços de oferta publicados pelos anunciantes do idealista.

O relatório completo está disponível neste link.

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1 Comentários:

Rui Brito
3 Julho 2020, 17:22

Mas os preços que se pedem não são os preços que se fecham as vendas. Não têm acesso a esses dados?

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