O edifício foi integrado na bolsa de imóveis do Estado que podem ser adaptados para fins habitacionais.
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Palácio emblemático em Vialonga convertido em habitação? Junta de Freguesia não quer
Palácio da Vialonga Google Maps

Depois de vários anos ao abandono, e alvo de sucessivos roubos e atos de vandalismo, o palácio seiscentista da Flamenga, em Vialonga, foi integrado na bolsa de imóveis do Estado que podem ser adaptados para fins habitacionais. Os autarcas e habitantes da vila receberam a notícia com surpresa, e não querem que este edifício emblemático – que funcionou durante décadas como extensão do Hospital de Vila Franca de Xira – seja convertido em habitação. Pedem o seu reaproveitamento para fins de uso coletivo.

Os órgãos autárquicos locais, a comissão de utentes de saúde e outras organizações da freguesia, segundo a notícia avançada pelo Público, têm defendido a recuperação do imóvel e o seu aproveitamento para a instalação de uma unidade de cuidados continuados e de novas instalações para o centro de saúde.

Segundo a publicação, a Junta de Freguesia de Vialonga já enviou ofícios ao presidente da Câmara, ao ministro das Infraestruturas e à presidente do o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), a manifestar o desagrado e a pedir a “exclusão” do edifício da bolsa de imóveis do Estado para habitação.

Edifício não será demolido

Ao que tudo indica, de acordo com as declaraçãoes do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, o Palácio da Flamenga não será demolido. O autarca garante que o município está a negociar com o IHRU a possibilidade de receber o imóvel a título gratuito e preservar o que for possível do edifício.

“É possível, através de acordo com o IHRU, avançar com um regime também previsto no decreto-lei de outubro passado, de transferência deste património do Estado central para o município, a título gratuito. E esta possibilidade é, também, para a promoção de habitação acessível, a custos que as famílias possam pagar”, diz Alberto Mesquita, garantindo que “não é para aproveitar o antigo hospital (palácio) para fazer habitação”.

“No contexto daquilo que se pretende fazer deve ser incluída a preservação e requalificação do Palácio da Flamenga, naquilo que for possível requalificar. O que está em causa é aproveitar o terreno de 3, 5 hectares para fazer ali alguns fogos de habitação para rendas acessíveis”, explica o presidente da Câmara.

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