Por que é que usamos persianas

Um acessório de casa que é fundamental no verão, sobretudo para quem vive em locais onde o calor é intenso.

Por que é que temos persianas e em outros países não há

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Lucía Martín (Colaborador do idealista news)

29 Junho 2021, 8:49

Mais ou menos subtis, de madeira ou pvc (as mais comuns). Falamos de persianas, aquele acessório da casa que é fundamental no verão, sobretudo para quem vive em locais onde o calor é intenso. Mas já te perguntaste sobre a sua origem?

De acordo com as diversas referências que aparecem no Google, o termo persiana vem do latim “persa, -ae”, cuja tradução seria “originário da Pérsia”. Assim, parece que as persianas chegaram pela primeira vez à Europa no século XVIII, especificamente a Veneza, daí que um dos tipos de persianas mais famosas sejam as venezianas. Mas quem realmente patenteou esse sistema em 1769 foi o físico inglês Edward Bevan: uma engenhoca de lâminas móveis de madeira que podiam ser movimentadas através de uma corda.

É curioso que tenha sido um britânico a patentear este sistema quando se sabe que, na verdade, em muitos países nórdicos as persianas e até cortinas se destacam pela sua ausência. Mas por que é que em Portugal, e também em Espanha, existem e não são tão comuns em outros locais? É comum ver venezianas em alguns países, mas em outros não há absolutamente nada.

"A diferença de uso relativa aos países do norte da Europa (não só nórdicos, mas também Holanda, Bélgica, Alemanha etc.), parece que se deve a duas razões. Por um lado, é uma questão funcional, pois ali tendem a querer aproveitar o sol que lhes chega, quando nós precisamos de evitá-lo para não sobreaquecer os espaços onde vivemos e trablhamos. E, além disso, e esta seria a segunda razão, as correntes protestantes - luteranismo e calvinismo - que se instalaram nessas áreas da Europa mudaram a conceção de privacidade dos seus povos. Lá, esconder-se atrás de uma cortina ou persiana pode significar que estás a esconder alguma coisa”, explica o arquiteto José María Mateo, da Martín Lejarraga Oficina de Arquitectura.

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Seja como for, o facto é que em Portugal, tal como no país vizinho, temos uma grande variedade de persianas que ajudam a combater o calor. Há horizontais, cujas lâminas funcionam como uma cortina; as romanas; de tecidos diversos; ou ainda os painéis japoneses, que deslizam através de um sistema que os torna aptos para serem instalados sem problemas em grandes janelas ou portas de correr.

E as que parecem estar a renascer são as persianas alicantinas. Existem as de plástico, embora as de maior encanto sejam, sem dúvida, as de madeira.