Munícipes que vão receber as casas vão pagar, em média, menos 70% do que pagariam se arrendassem no mercado privado.
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Casas de renda acessível
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A Câmara Municipal de Lisboa entregou as chaves das primeiras 128 casas do Programa Renda Acessível (PRA) construídas no âmbito da Operação Integrada de Entrecampos. Trata-se de um investimento de 15 milhões de euros, financiado a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A cerimónia de entrega de chaves às famílias sorteadas no concurso do PRA celebrou-se esta segunda-feira, dia 25 de julho, e contou com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, refere a autarquia em comunicado publicado na sua página oficial.

Os munícipes que agora irão receber as casas (de tipologia T0 a T3) terão a oportunidade de viver na cidade de Lisboa pagando, em média, menos 70% do que pagariam se arrendassem no mercado privado. De notar que o rendimento 'per capita' das famílias em causa é de 1.233 euros, sendo maioritariamente jovens portugueses, trabalhadores, com menos de 35 anos, residentes em Lisboa.

Estas casas de renda acessível integram o loteamento da Avenida das Forças Armadas, em Entrecampos, que no seu conjunto possui um total de 476 casas. Destas habitações:

  • 128 foram entregues na segunda-feira;
  • 128 estão a ser construídas;
  • 220 na fase de concurso para construção, já lançado.

Estas casas vão integrar cinco blocos habitacionais “com desempenho energético elevado e necessidades de energia quase nulas, cobertas em grande medida por energia produzida no local e proveniente de fontes renováveis”, dizem desde a Câmara de Lisboa. E este projeto ainda inclui um edifício destinado a estacionamento e uma área de equipamentos sociais e espaço público envolvente.

Arrendamento acessível em Lisboa
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Há 6.000 pessoas à espera de casas de renda acessível

É preciso "ter a consciência que, se há 128 famílias que vão ocupar este edifício e dar vida, são ainda muitas mais aquelas que estão ainda com dificuldade em aceder à habitação", afirmou Pedro Nuno Santos.

E o autarca de Lisboa referiu que há “6.000 pessoas que estão a espera desses apartamentos” e, para que isso seja possível, é importante acabar com o problema de ter habitações vazias ou ocupadas ilegalmente.

Carlos Moedas destacou ainda que para intervir nos bairros municipais até 2026 a empresa municipal Gebalis tem 40 milhões de euros. E disse ainda que é "continuar a construir", estando em desenvolvimento mais 1.000 fogos e em projeto mais 2.000 casas, e defendeu incentivos aos privados e a cedência de terrenos às cooperativas.

"Não há balas de prata e o trabalho que estamos a fazer, não temos a menor dúvida que a reabilitação, a construção, a aquisição, o alargamento do parque público de habitação é central num país que não tem quase oferta pública de habitação", declarou o ministro da Habitalão, realçando o trabalho com as autarquias e considerando que "essa estratégia é central, mas ela demora", pelo que é preciso "equacionar, cada vez mais, a intervenção no mercado".

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mlmenezes
26 Julho 2022, 20:38

Boa tarde, gostaria de saber quais sao as datas exatas para poder fazer a minha candidatura ao arrendamento acessível.

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