As altas taxas de juro pesarão sobre o mercado imobiliário nos próximos anos, segundo os especialistas da Moody’s. A agência de rating considera que os bancos centrais vão manter a política monetária rígida este ano e que os juros permanecerão “teimosamente” elevados mesmo após o início da flexibilização. A subida dos preços das casas em Portugal deverá continuar, mas a um ritmo menor.
Num relatório de julho, citado pela Business Insider, os analistas da Moody’s disseram esperar que as altas taxas continuem a pesar sobre potenciais compradores e proprietários de imóveis que procuram financiamento. Além disso, referem que a série de aumentos nas taxas levada a cabo pela Reserva Federal dos EUA (Fed) tem sido a principal força que está a tornar as hipotecas mais caras.
Segundo a Moody’s, um aumento quase recorde nos preços das casas já estava condicionar o acesso à habitação mesmo antes dos aumentos. Mas agora, os potenciais compradores de imóveis estão ainda mais pressionados.
A duplicação das taxas desde o boom imobiliário pandémico de menos de 3% para mais de 6% causou “retrocessos notáveis” em certos mercados, principalmente nos Estados ocidentais, de acordo com os analistas.
“Os caminhos para uma acessibilidade de compra mais normalizada podem ser longos em alguns mercados ou não incluir reversões completas”, disseram os analistas.
Preços das casas em Portugal a subir, mas a um ritmo menor
No relatório, a que o Jornal Económico teve acesso, a Moody’s publicou as suas últimas previsões para os preços da habitação. A agência diz que o ritmo de subida dos preços do imobiliário em Portugal vai abrandar, mas afasta cenários de possíveis quebras.
Segundo os dados divulgados, em termos de variação anual do Índice de Preços da Habitação (IPH), o imobiliário português teve uma variação do índice de 14,3% em 2022, e espera-se que tenha uma variação de 4,6% em 2023. Para 2024, a variação do IPH deverá cifrar-se nos 0,5%.
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