Possui 44 casas, bar, igreja, escola, piscina, áreas desportivas e um antigo quartel. Está à venda por 580.000 euros.
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Salto de Castro
Wikimedia commons

Salto de Castro, localidade situada em Zamora, esteve à venda no idealista há cerca de um ano. A aldeia vazia em Espanha, junto à fronteira com Portugal, foi comprada por Óscar Torres, por 300.000 euros. Entretanto, tudo mudou. Depois de desenvolver um projeto arquitetónico de reabilitação integral da aldeia e algumas burocracias junto das autoridades locais, Salto de Castro está novamente à venda, mas desta vez pelo dobro do preço: 580.000 euros. E já tem interessados: um grupo árabe e um grupo americano.

O comprador (Óscar Torres), como explica Romuald Rodríguez, da Royal Invest, empresa que representa os proprietários, é um empresário de Toledo que tinha em um projeto de turismo rural para aquele local. Iniciou, com opção de compra, os trâmites e o projeto arquitetónico, contudo, colocou a sua "posição de comprador" à venda.

"Por enquanto, recebemos ofertas da Arábia Saudita e dos Estados Unidos (especificamente de um grupo em Miami)", explica Rodríguez. Além disso, o consultor explica chegaram a receber ofertas de até 600 mil euros, pelo que o aumento de preço "é mais do que lógico".

Óscar Torres é o empresário que agora negocia a venda da aldeia. O empresário, que contou com o apoio de um fundo de investimento chileno para adquirir a povoação, iniciou a sua jornada em 2015 criando a Faos Initiatives após adquirir vasta experiência no setor de construção desde 1994, fazendo parte de uma família de referência em construção e promoção em Toledo.

"Desde 2015 o nosso trabalho não parou de crescer tanto no setor imobiliário residencial e de escritórios quanto no setor de hotelaria e promoção. Esperamos continuar a fazê-lo na mesma proporção, tanto no trabalho como na confiança que os nossos clientes depositam em nós", explicam no site da Faos Iniciativas.

Assim é Salto de Castro

A aldeia pertence a uma família que a comprou no início dos anos 2000 à Iberdrola. Dedicada ao turismo, a família viu os seus planos trocados com a crise de 2008, e a vontade de transformar esta localidade num projeto dedicado ao turismo caiu por terra.

Com a família já aposentada do circuito empresarial em Espanha, Torres quer passar o "bastão" para outros empreendedores. A aldeia, junto a uma albufeira e que faz fronteira com Portugal, tem 44 casas, das quais cinco são independentes.

Conta ainda com bar, igreja e escola com diversas salas de aula, além de uma hospedaria com projeto de funcionamento de 14 quartos, com refeitório e lavandaria. Segundo os proprietários, pode ser adquirida uma licença para turismo rural.

Há também um antigo quartel da Guarda Civil, uma piscina e áreas desportivas. 

Segundo os proprietários, a pessoa que adquirir a aldeia terá acesso a subsídios do Estado e da Junta de Castela e Leão. Além disso, de acordo com um estudo prévio elaborado pelos proprietários, o investimento que a cidade precisaria para estar 100% operacional e começar a ser rentável não ultrapassa os 2 milhões de euros.

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