
A oferta de casas para arrendar em Portugal tem vindo a subir. Mas, ainda assim, o número de casas existente no mercado de arrendamento a preços compatíveis com os salários das famílias continua a ser escasso. Talvez seja por isso que cerca de 14% das casas para arrendar anunciadas no idealista nos primeiros três meses do ano estiveram menos de 24 horas no mercado, segundo a análise de dados realizada pelo idealista, o Marketplace imobiliário do sul da Europa. A maior fatia de "arrendamentos expresso" é de casas com rendas mais acessíveis (inferiores a 750 euros por mês).
Ao analisar o "arrendamento expresso" em Portugal – isto é, casas para arrendar que ficam menos de um dia anunciadas no idealista -, a análise conclui que as casas com rendas mais acessíveis aos bolsos das famílias tendem a ser arrendadas mais rápido. Os dados mostram que 25% das casas arrendadas com preços inferiores a 750 euros/mês saíram do mercado em menos de um dia.
Esta percentagem de arrendamentos expresso vai diminuindo consoante aumenta o intervalo de rendas. Ou seja, quanto mais alto for valor do arrendamento, mais tempo demora a casa a ser arrendada. Isto porque só 19% das casas com rendas entre 750 e 1.000 euros/mês foram arrendadas com menos de um dia. Já só 11% das habitações com preços entre 1.000 e 1.500 euros/mês saíram do mercado em menos de 24 horas. E só 7% das casas que custavam mais de 1.500 euros/mês foram arrendadas com esta rapidez.
Analisando as seis capitais de distrito com mais oferta de casas para arrendar no primeiro trimestre de 2024, Setúbal foi a cidade onde a percentagem de casas arrendadas em menos de 24 horas foi mais alta, alcançando 32% do total de operações. Seguem-se Funchal (26%), Faro (20%), Porto (14%), Aveiro (13%) e Lisboa (11%).
Casas para arrendar a preços acessíveis saem rapidamente do mercado
Os arrendamentos mais acessíveis, com preços inferiores a 750 euros mensais, concentram grande parte da procura, marcando assim as taxas de “arrendamentos expresso” mais elevadas. No Funchal, 100% das casas arrendadas no primeiro trimestre por menos de 750 euros/mês esteve menos de um dia na base de dados do idealista. Seguem-se Setúbal, com uma percentagem de 75%, Faro (50%), Aveiro (33%), Porto (30%) e Lisboa (22%).
À medida que os intervalos de preço sobem, a percentagem de “arrendamentos expresso” reduz-se, apesar de em alguns mercados esse valor continuar a ser relevante. Nas casas com rendas compreendidas entre 750 e 1.000 euros, Faro e Funchal são líderes nos “arrendamentos expresso”, sendo que 33% das casas foram arrendadas em menos de um dia. Seguem-se Lisboa (31%), Setúbal (29%), Aveiro (14%), e Porto (11%).
Já no caso das casas arrendadas com preços mensais compreendidos entre 1.000 e 1.500 euros, 25% saiu do mercado em menos de 24 horas no Funchal e em Setúbal, 15% em Lisboa e 14% no Porto.
Por último, no arrendamento de casas por mais de 1.500 euros/mês, 10% das habitações no Funchal estiveram no mercado menos de um dia, 9% no Porto e 5% em Lisboa. Nas cidades de Setúbal, Faro e Aveiro não se registaram arrendamentos expresso neste patamar de preços.
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