Antigo Convento das Grilas vai ser transformado em coliving no Beato

O antigo Convento das Grilas, em Lisboa, tem mais de 350 anos de história e vai iniciar um novo capítulo. É aqui que vai nascer o futuro coliving, que vai trazer mais de 80 alojamentos partilhados à Fábrica de Unicórnios, no Beato. O valor do investimento não é conhecido.

Da parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Unicorn Factory e a Mota-Engil resultou o futuro coliving Beato, o qual foi apresentado publicamente esta segunda-feira, dia 7 de julho. O evento que marcou o arranque das obras de reabilitação do antigo Convento das Grilas e Residência de Oficiais, que darão lugar a habitação colaborativa, indicam em comunicado.

O projeto do futuro coliving Beato (habitação partilhada de média duração) na Fábrica de Unicórnios “contempla 84 unidades de alojamento, com um total de 137 quartos, estruturados em diferentes tipologias que vão desde estúdios a T4”, de acordo com a autarquia lisboeta.

Além da criação das unidades de alojamento, que vão ser distribuídas em quatro pisos, o edifício vai ter ainda zonas comuns, como cozinhas partilhadas, lavandaria, salas de estar e terraços, pensadas para “estimular a convivência, a partilha e o espírito de comunidade”, explicam. De notar que, em termos sustentáveis, o futuro coliving vai ser alimentado por energia solar e integrado na comunidade de energia do Beato.

Coliving Beato, Lisboa Créditos: Câmara Municipal de Lisboa, Unicorn Factory e Mota-Engil

“Este foi um projeto há muito prometido e que conseguimos agora concretizar. É mais um edifício histórico reabilitado, que vem modernizar a freguesia do Beato e reforçar a dinâmica que a Fábrica de Unicórnios veio trazer para aquela zona da cidade”, comenta Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, citado no documento.

O projeto de arquitetura para o antigo Convento das Grilas foi aprovado pela autarquia em fevereiro de 2024 e tem autoria da Promontório Arquitetos. Pretende-se reabilitar o edifício construído em 1663 preservando elementos originais como fachadas, escadas, abóbadas e o emblemático relógio, que serão reinterpretados através de uma linguagem "arquitetónica contemporânea".

"Este não é apenas um edifício. É um novo modelo de habitação urbana. Um espaço de vida que acolherá inovação, comunidade e futuro. Este projeto é um gesto de confiança no futuro: uma resposta habitacional sustentável, acessível e transformadora, ancorada em partilha, colaboração e pertença”, acredita Carlos Mota Santos, CEO da Mota-Engil, responsável pelo desenvolvimento do projeto que contribui para aumentar a oferta de habitação para jovens.

*Com Lusa