
O segundo trimestre de 2025 apresentou um forte dinamismo no mercado imobiliário, que se traduziu, sobretudo, num maior número de transações, na subida dos preços da habitação e na evolução dos processos de licenciamento. Estas são algumas das conclusões a retirar da conjuntura de setembro de 2025 da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
No que respeita às transações, e tendo por base dados do Instituto Naconal de Estatística (INE), foram transacionados, entre os meses de abril e junho deste ano, 42.889 alojamentos, representando um aumento de 5.764 unidades transacionadas em relação ao período homólogo e correspondendo a uma variação positiva de 15,5%.
Relativamente ao volume global destas transações, atingiu 10.270 milhões de euros, traduzindo-se num crescimento de 30,4%. Os preços também aumentaram expressivamente, verificando-se um máximo histórico no Índice de Preços da Habitação, com uma variação homóloga de 17,2%. Em termos de comparação com o primeiro trimestre do ano, houve uma evolução de 4,7%, mantendo-se a tendência de valorização acelerada dos preços residenciais.
Licenciamento e crédito à habitação continuam a crescer
Outro dos fatores que revela o forte dinamismo no mercado imobiliário é o aumento da emissão de licenças. Entre janeiro e julho, foram emitidas, pelas autarquias, 15.846 licenças, mais 1.445 comparativamente ao mesmo período do ano passado, refletindo-se numa variação homóloga de 10%. A área licenciada em edifícios também teve um crescimento acumulado expressivo, de 18,1% no segmento habitacional, embora nos edifícios não residenciais esse crescimento não tenha ido além dos 2,1%.
Ao longo deste ano de 2025, o mercado de crédito habitação também tem vindo a crescer, apresentando, em agosto, uma variação homóloga acumulada de 37,7%, excluindo renegociações, conclui a AICCOPN.
Já no que respeita às obras públicas, o montante total dos concursos de empreitadas promovidos até ao passado mês de agosto ascendeu aos 7.915 milhões de euros, ou seja, mais 28% comparativamente ao mesmo período de 2024. Quanto ao valor das empreitadas com contratos celebrados e registados no Portal Base chegou aos 3.948 milhões de euros, o que significa um expressivo aumento homólogo de 48%.
Em contraste com o dinamismo observado em todo o mercado imobiliário, surge o consumo de cimento no mercado português, que totalizou apenas 2.656,9 milhares de toneladas até agosto, traduzindo-se numa variação homóloga acumulada negativa de 1,6%.
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