Mas há mais famílias com capacidade financeira para aquecer a casa no inverno, revelam dados do INE.
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Humidade em casa
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Há mais famílias em Portugal a conseguir aquecer a casa no inverno e arrefecê-la durante o verão. E também há mais pessoas com capacidade financeira para pagar contas relacionadas com a habitação. Mas nem todos os indicadores de pobreza energética analisados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) trazem boas notícias. Isto porque há cada vez mais famílias a viver em casas onde há humidade nas paredes ou infiltrações no teto.

Os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, levado a cabo pelo INE, permitem tirar conclusões a cerca das condições energéticas das habitações. E há um dado que salta à vista. “A proporção de população que refere viver em alojamentos em que o teto deixa passar água ou existe humidade nas paredes ou apodrecimento das janelas ou soalho apresenta um agravamento nos últimos três anos, o que se verifica também para o subconjunto da população em risco de pobreza”, lê-se no boletim.

Em 2025, quase um terço da população disse mesmo viver em casas com humidade e infiltrações (32,1%), revelando um aumento de 1,2 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior. Esta situação foi reportada por 41,8% da população que vive em risco de pobreza (+1,4 p.p. face a 2024). Estes dados sugerem que faltará capacidade financeira aos agregados para fazer obras de remodelação (melhorar isolamento, trocar janelas, portas e telhado).

Mas nem tudo é mau. O inquérito realizado de abril a julho de 2025 (e referente aos últimos 12 meses), revela que houve melhorias nos indicadores de conforto térmico das casas em 2025. Registou-se uma redução quer na proporção de população a viver em agregados familiares sem capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida (de 15,7% em 2024 para 15,6% em 2025), quer na proporção de população a viver em habitações não confortavelmente frescas durante o verão (de 29,9% para 28,2%). “Ainda assim, em ambos os casos, a condição de pobreza mantém-se como um fator penalizador da qualidade habitacional”, conclui o INE.

“Na perspetiva financeira, o ano de 2025 marca uma diminuição da proporção de população a viver em agregados com atraso em algum dos pagamentos regulares relativos a despesas correntes da residência principal. Esta melhoria também se observa na população em risco de pobreza”, lê-se no boletim divulgado esta quinta-feira, dia 11 de dezembro.

Também há mais pessoas a conseguir mudar as mobílias. Os mesmos dados revelam que, em 2025, “33,0% das pessoas vivem em agregados sem capacidade financeira para substituir mobiliário usado”, sendo menos que em 2024 (36,2%).

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