O antigo Instituto de Odivelas, nos arredores de Lisboa, foi alvo de um projeto de requalificação e transformado na nova residência universitária do ISCTE. Inaugurado esta terça-feira, dia 16 de dezembro, este alojamento universitário com 204 camas ocupa área do conjunto monumental do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo, onde está sepultado o rei D. Dinis, e visa oferecer aos estudantes uma experiência académica com mais intensidade científica e maior contacto com a comunidade.
Em comunicado, a reitora Maria de Lurdes Rodrigues revela que “o que o ISCTE e a Câmara de Odivelas montaram em conjunto é um modelo muito inovador de residências universitárias que irá proporcionar aos estudantes um novo tipo de experiência académica e, à comunidade, uma interface muito acessível ao ensino superior e a atividades científicas”, acrescentando que a residência será palco de programas especiais com estudantes internacionais e contará com cursos intensivos no âmbito do Programa Erasmus.
“No futuro os estudantes residentes habituais irão também participar em estágios na autarquia e colaborar em atividades da biblioteca, do museu e da escola de música que irão funcionar no mesmo complexo patrimonial”, afirma ainda Maria de Lurdes Rodrigues.
Tal como referiu a reitora, o acordo entre o ISCTE e a Câmara Municipal de Odivelas prevê a organização de programas de estágios, destinados a alunos deste instituto superior, e a criação de uma bolsa de projetos de investigação que articule a produção científica do ISCTE com as necessidades autárquicas que poderão surgir no futuro, como estudos de consultadoria para responder a necessidades pontuais identificadas pela Câmara.
Está ainda prevista a oferta, por parte do ISCTE, de conteúdos formativos para colaboradores da autarquia de Odivelas, assim como seminários e workshops temáticos sobre gestão autárquica e desenvolvimento local.
Com 100 quartos simples e 52 duplos, esta nova residência universitária representa um investimento de 9,5 milhões de euros, financiado com 7,6 milhões (mais IVA) de verbas do PRR (mais IVA). A empreitada de adaptação e qualificação do edifício existente já foi iniciada há mais de dois anos, mais concretamente em novembro de 2023, tendo a Câmara de Odivelas cedido este espaço ao ISCTE durante 50 anos.
Atualmente já se encontram em funcionamento cerca de metade do total das 204 camas e as restantes serão ocupadas progressivamente até ao final do presente ano letivo, de modo a que a residência esteja em pleno funcionamento no início das aulas em setembro. Mas durante as férias de verão, entre o final do presente ano letivo e o início do seguinte, a residência deverá alojar públicos diferentes, como atletas que participem nos programas de treino desportivo promovidos pela Câmara de Odivelas.
Segundo a reitora do ISCTE, “quer a residência universitária, quer as unidades e organismos que a autarquia terá a funcionar no mesmo conjunto patrimonial, irão criar em Odivelas um novo tipo de espaço de educação-formação”.
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