A descida nos preços do petróleo vai funcionar como um incentivo à diversificação da economia de Angola, mas há riscos. A Economist Intelligence Unit alerta que é preciso evitar a realização de obras megalómanas que sejam 'elefantes brancos'.
"Vai ser necessário evitar projetos de prestígio, economicamente inviáveis (ou 'elefantes brancos') e garantir a viabilidade a longo prazo dos projetos de investimento", escrevem os analistas da EIU, a unidade de análise económica da revista britânica The Economist, citados pela Lusa.
A EIU que tem assumido uma postura bastante crítica sobre a falta de reformas institucionais e relativamente aos constrangimentos ao ambiente propício aos negócios e aos investimentos em Angola.
Neste breve relatório, em que é analisada a influência de descida dos preços do petróleo no objetivo de diversificação económica de Angola, a que a Lusa teve acesso, a EIU escreve que "os preços baixos do petróleo estão a colocar cada vez mais pressão na economia de Angola, tornando a meta de crescimento do Governo, de 9,7% para 2015, ainda mais desafiante".
Por outro lado, sublinha que, ainda assim, "há bolsas de desenvolvimento na economia não petrolífera, incluindo a manufatura, que representa menos de 10% do PIB mas deverá expandir-se rapidamente".
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