Depois da UEFA ter recusado o pedido das autoridades alemãs para iluminar o Allianz Arena, em Munique, com as cores da bandeira LGTBI+ - no jogo entre germânicos e a Hungria na passada quarta-feira, 23 de junho -, o país decidiu iluminar os estádios e monumentos mais representativos com as cores arco-íris.
Desta forma, o governo alemão juntou-se ao presidente da câmara de Munique, Dieter Reiter, em protesto contra uma lei aprovada na Hungria contra os direitos das pessoas LGBTI+, que proíbe a “promoção” da homossexualidade junto dos menores de 18 anos, nomeadamente a disseminação de conteúdos que promovem a homossexualidade nas escolas.
A UEFA protegeu a sua decisão alegando tratar-se de "uma organização política e religiosamente neutra", mas não se livrou de várias críticas. O autarca Dieter Reiter, considerou “vergonhoso” que a UEFA tenha proibido a cidade de “enviar um sinal de cosmopolitismo, tolerância, respeito e solidariedade para com as pessoas da comunidade LGBTI+”.
Também o Bayern de Munique, proprietário do estádio, afirmou que teria ficado “bastante satisfeito” se a UEFA tivesse permitido a iluminação do recinto, tal como solicitado pelo município bávaro, em sinal de protesto contra a homofobia e a favor da diversidade.
“Teríamos ficado muito felizes em ter o nosso estádio iluminado com as cores do arco-íris. A tolerância e a diversidade são valores defendidos pela nossa sociedade e pelo nosso clube”, afirmou o presidente do Bayern de Munique, Herber Hainer, em comunicado.
*Com Lusa
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