Os oligarcas russos estão a investir no mercado imobiliário da Turquia e do Dubai para fugirem às sanções impostas pelo Ocidente na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, uma guerra que já dura há mais de um mês.
São vários os especialistas do setor que dão conta desta tendência de investimento na Turquia e no Dubai, escreve o Jornal Económico, citando a agência Reuters.
“Vendemos entre sete a oito unidades a cidadãos russos todos os dias. Compram em dinheiro e abrem contas bancárias ou trazem ouro”, disse Gul Gul, cofundador da empresa imobiliária Golden Sign, localizada em Istambul, na Turquia.
Também Thiago Caldas, CEO da empresa imobiliária Modern Living, no Dubai, deu conta desta tendência, salientando que contratou três agentes fluentes em russo para dar resposta à procura existente por parte de cidadãos do país: “Logo no início da invasão da Ucrânia, lançamos uma campanha na região e o número de pessoas que contataram foi pelo menos 10 vezes maior do que o habitual”.
De acordo com Gul Gul, estes investidores russos “são ricos, mas não são oligarcas”. “Estão a encontrar maneiras de trazer o dinheiro para a Turquia. Há clientes a comprar entre três a cinco apartamentos”, adiantou.
De recordar que a Turquia e os Emirados Árabes Unidos oferecem incentivos fiscais para a compra de habitação. Na Turquia, os investidores estrangeiros que comprem uma casa por 250 mil dólares (cerca de 227 mil euros) e a mantenham durante três anos podem obter passaporte turco. Já no Dubai, os apartamentos avaliados em 205 mil dólares (186 mil euros), valor limite para o direito ao visto, foram os mais procurados.
Oligarcas russos com vistos portugueses? Sem registos nos últimos anos
Os 26 oligarcas russos que constam da lista inicial de sancionados pela União Europeia (UE) – na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia – não pediram a Portugal qualquer tipo de visto nos últimos cinco anos, revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Oligarcas russos escapam a sanções europeias com paraísos fiscais
O Observatório Fiscal da União Europeia (UE) considera que as sanções económicas e individuais à Rússia, pela guerra da Ucrânia, podem “não atingir o seu objetivo” por visarem oligarcas apoiantes do regime russo que usam paraísos fiscais. Os EUA anunciaram, entretanto, que criaram uma ‘task force’ que pretende trabalhar com países aliados para “apreender e congelar” os iates, propriedades ou outros bens das elites da Rússia, em resposta à invasão russa da Ucrânia.
Oligarcas russos ancoram iates em portos remotos para fugir a sanções
Os oligarcas russos estão a ancorar os mega-iates em portos remotos em pequenas nações, como Maldivas e Montenegro, para fugirem às sanções do Ocidente devido à invasão da Ucrânia, concluiu uma investigação da agência de notícias AP.
Oligarcas russos têm imóveis no Reino Unido avaliados em 1.800 milhões
As sanções do Reino Unido ao grupo de oligarcas russos, devido à Guerra na Ucrânia podem ter um sério impacto no mercado imobiliário britânico, especialmente no imobiliário de luxo em Londres. De acordo com a Transparência Internacional, cidadãos russos com ligações ao Kremlin compraram propriedades avaliadas em 1.500 milhões de libras, cerca de 1.800 milhões de euros às taxas de câmbio atuais.
Guerra na Ucrânia: Abramovich vende casas de luxo em Londres
O impacto da guerra na Ucrânia está a fazer-se sentir em todo o mundo, e em vários setores da economia. Que o diga o multimilionário russo Roman Abramovich, que terá colocado à venda duas das casas de luxo que tem em Londres (Reino Unido). Pelo meio, anunciou que colocou o clube de futebol Chelsea “no mercado”.
As 10 cidades mais populosas da Europa são...
A população das cidades europeias pode variar bastante consoante o critério utilizado para a sua medição — seja contando apenas os residentes no centro urbano ou abrangendo toda a área metropolitana. Cidades como Madrid (6,9 milhões) e Barcelona (5,4 milhões) quase duplicam a população quando se inclui a periferia urbana.
Mercado imobiliário dos EUA: oferta de casas dispara no Sun Belt
A acumulação de habitações não vendidas está a tornar-se uma nova realidade em muitas zonas residenciais da principal economia do mundo. Onde antes havia uma “guerra de ofertas”, como em muitas cidades da chamada Sun Belt, estão agora baixar os preços. Os especialistas acreditam que o aumento da oferta vai melhorar o acesso, mas as condições das hipotecas reduzem as opções dos compradores, que veem as taxas acima dos 7%.
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