A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA, na siga inglesa) está atenta aos vários riscos que podem ameaçar a estabilidade do sistema de seguros europeu. Um deles é a exposição dos investidores institucionais ao mercado imobiliário. Mas, apesar do cenário desafiador dos últimos anos, o supervisor dos seguros conclui que até “um forte choque no imobiliário teria um impacto modesto no setor”.
Num cenário de elevada incerteza e complexidade, a EIOPA decidiu avaliar os riscos e vulnerabilidades enfrentados pelas seguradoras e fundos de pensão ocupacionais europeus. Foi neste contexto que o risco que o imobiliário apresenta para o universo de seguros foi analisado no Relatório de Estabilidade Financeira de dezembro de 2024.
Desde logo, o imobiliário ainda enfraquecido continua a preocupar o supervisor dos seguros. Isto porque as taxas de ocupação dos escritórios foram afetadas pela massificação do teletrabalho; e sentiu-se ainda uma menor procura por imóveis devido às altas taxas de juro e inflação observadas em 2023. Em resultado, “as avaliações imobiliárias sofreram” em baixa. Ou seja, sentiu-se a uma desvalorização de imóveis residenciais e comerciais em vários países europeus, afetando a rentabilidade destes ativos.
Mesmo assim, a Autoridade Europeia conclui que o sistema de seguros europeu é resiliente aos efeitos macroeconómicos no imobiliário. “Embora as seguradoras e os fundos de pensão ocupacionais invistam cerca de 10% dos seus ativos em imóveis, a análise da EIOPA mostrou que mesmo um forte choque imobiliário teria apenas um impacto modesto nos setores, com algumas exceções individuais”, lê-se no documento.
Há, contudo, outros riscos que muito preocupam o supervisor europeu dos seguros, como é o caso do resseguro intensivo em ativos, que está a crescer muito concentrado em algumas resseguradoras, muitas vezes localizadas em jurisdições offshore específicas. Embora a EIOPA considere um risco ”limitado”, estas operações justificam “o escrutínio contínuo da supervisão”. A par de tudo isso, a autoridade europeia de seguros está atenta a riscos emergentes como alterações climáticas, cibersegurança e transformações digitais.
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A importância das seguradoras na promoção imobiliária
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Seguro de vida no crédito habitação: é obrigatório contratar?
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Quando um proprietário decide arrendar uma casa, há uma grande questão que costuma surgir: como proteger o rendimento contra possíveis incumprimentos ou danos causados pelo inquilino? É aqui que entra em cena o seguro de incumprimento da renda, uma solução que oferece proteção aos proprietários. Mas quem é que fica responsável por pagar este seguro da casa, o inquilino ou o senhorio? Explicamos tudo neste artigo.
Seguro da casa com cobertura de risco sísmico fica 50€ mais caro/ano
A discussão em torno da obrigatoriedade de haver cobertura para riscos sísmicos não é de agora, já tem vários anos. O problema está no valor a pagar a mais pelo seguro Multirriscos, que só tem o risco de incêndio como cobertura obrigatória. A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) fez as contas e revela que o valor a somar ao já pago é de 50 euros por ano por cada habitação, isto tendo por base um seguro cujo capital médio é de 125.000 euros.
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Imobiliário entre os negócios em que mais investem as seguradoras
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