Maior oferta de casas ajuda a explicar subida do número de transações. Preço das casas nos EUA aumentou 1,8% num mês.
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Casas nos EUA
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O mercado imobiliário nos EUA sentiu um aumento significativo das transações e uma expansão da oferta na primavera, seguindo a tendência já identificada no país. De acordo com o Remax National Housing Report, a venda de imóveis nas 50 principais áreas metropolitanas dos EUA subiu 23% em março face a fevereiro, marcando o maior aumento mensal em dois anos.

Esse aumento nas vendas de imóveis foi apoiado por uma subida de 8% no número de casas à venda nos EUA em comparação ao mês anterior e um crescimento anual de 29,8% em novos anúncios. “À medida que a primavera se consolida e o mercado imobiliário se torna mais ativo, o aumento das vendas e da oferta pode acelerar ainda mais a atividade”, disse Erik Carlson, CEO da Remax Holdings.

De acordo com o relatório, o número de venda de imóveis nos EUA subiu 23% em março de 2025 face a fevereiro. Entre as áreas metropolitanas analisadas, Washington DC destaca-se por ter registado o maior aumento mensal de transações (+25,3%). 

Já em termos anuais, verificou-se uma queda no número de venda de imóveis de 1,4%. As áreas que apresentaram os maiores declínios anuais de transações foram Bozeman (-11,9%), Nova Orleans (-11,7%) e Atlanta (-9,5%). Os maiores crescimentos anuais das vendas foram observados em São Francisco (+13,3%), Fayetteville (+9,9%) e Dover (+8,4%).

Em termos de oferta, o número de novos anúncios residenciais aumentou 7,9% face a fevereiro e 29,8% em relação a março de 2024. As cidades que tiveram os maiores aumentos a anuais da oferta de casas no mercado norte-americano foram: Las Vegas (+28,0%), Nashville (+26,5%) e Manchester (+26,3%). Já os maiores declínios anuais na oferta foram observados em Birmingham (-13,4%), Minneapolis (-12,7%) e Des Moines (-12,0%).

Venda de casas nos EUA
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Preço das casas nos EUA sobe – e tempo médio de venda cai

Em março de 2025, o preço médio das casas à venda nos EUA foi de 435.000 dólares (cerca de 391.230 euros à taxa de câmbio atual), um aumento de 3,5% em relação a março de 2024 e 1,8% em relação a fevereiro de 2025. As cidades norte-americanas que registaram maiores aumentos anuais dos preços foram Burlington (+22,4%), Trenton (+9,7%) e Fayetteville (+8,8%). Por outro lado, as maiores quedas dos preços dos imóveis foram registadas em Honolulu (-4,5%), Omaha (-3,2%) e Nova Orleans (-1,8%).

No mesmo relatório, a Remax destaca ainda que os compradores pagaram, em média, 99% do preço dos imóveis pedido, em linha com dados de fevereiro de 2025 e março de 2024. As áreas metropolitanas com as maiores proporções entre o preço final e o pedido são: São Francisco (104,8%), Hartford (103,3%) e Trenton (101,3%). As menores taxas foram registadas em Miami (94,1%), Bozeman, (96,2%), Tampa e Nova Orleans (ambas 96,6%).

O tempo médio que os imóveis permaneceram no mercado caiu de 51 dias em fevereiro para 44 dias em março (mas ainda se encontra 5 dias acima do registado um ano antes). As áreas metropolitanas com os maiores tempos médios de imóveis no mercado foram Bozeman (84 dias), Fayetteville (80 dias), Nova Orleans, LA e Miami (75 dias). Houve cidades onde se comprou casa mais rápido, em menos de um mês: em Washington (16 dias), Baltimore e Manchester (ambas com 17 dias), e Filadélfia (18 dias).

Estes dados indicam o mercado imobiliário dos EUA está em recuperação, com maior disponibilidade de imóveis e preços a crescer de forma moderada, oferecendo oportunidades tanto para compradores como para vendedores.

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