Um incêndio devastador consumiu esta quarta-feira, dia 26 de novembro de 2025, um complexo residencial em Tai Po, no norte de Hong Kong, deixando um rasto de destruição que se tornou na maior tragédia deste tipo na história da região. As chamas propagaram-se pelos oito blocos do Wang Fuk Court, um conjunto de torres com cerca de 30 andares e quase dois mil apartamentos, onde viviam cerca de quatro mil pessoas. Segundo o mais recente balanço das autoridades, pelo menos 128 pessoas morreram e 79 ficaram feridas, enquanto cerca de 200 permanecem desaparecidas.
Nas primeiras 24 horas, os bombeiros lutaram para aceder aos andares superiores, com temperaturas consideradas “muito elevadas”, segundo o vice-diretor dos bombeiros, Derek Armstrong Chan. Ao início da manhã desta sexta-feira, dia 28 de novembro de 2025, as operações de combate ao incêndio foram dadas como concluídas, embora as equipas de busca continuassem no terreno. Segundo o Público, centenas de moradores foram realojados em abrigos temporários, enquanto familiares aguardavam notícias de pessoas ainda incontactáveis.
À medida que a dimensão da tragédia se tornava evidente, começaram também a emergir suspeitas sobre a causa da rápida propagação das chamas. De acordo com o mesmo jornal, a polícia abriu uma investigação criminal à empresa responsável pelas obras de reabilitação no complexo, depois de averiguações preliminares terem identificado a presença de materiais altamente inflamáveis, como placas de poliestireno e andaimes de bambu. Três responsáveis da empreiteira Prestrige Construction foram detidos por suspeita de homicídio culposo e negligência, e documentos e equipamentos informáticos foram apreendidos durante buscas aos escritórios da empresa.
Após alguns testemunhos, notou-se que os alarmes de incêndio não funcionaram em vários andares e que o sistema chegou a ser desligado durante as obras. As autoridades já ordenaram inspeções extraordinárias a todos os edifícios públicos em renovação, um anúncio feito pelo chefe do Executivo, John Lee Ka-chiu, que também decidiu criar um fundo de cerca de 33 milhões de euros para apoiar os residentes afetados.
*Com Lusa
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