Gigante sueco do mobiliário e decoração quer ter um "modelo misto" em Portugal, com lojas, estúdios de planificação e pontos de recolha
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Ikea prepara abertura de nova loja em Cascais - com a mira também na Margem Sul e centro de Lisboa
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Portugal está na rota de expansão do Ikea e com vários conceitos de negócio. Por um lado, o gigante sueco do mobiliário e decoração pretende abrir, em 2020, uma terceira pequena loja em Cascais, seguindo o formato “estúdio de planificação” que estreou no Alegro Sintra e, em outubro, inaugurou também no Rio Sul Shopping (Seixal). Por outro, pretende avançar, "logo que seja possível”, para uma loja na margem Sul do Tejo, sem descurar também o centro de Lisboa. E vai também ter novos pontos de recolha para apoiar as vendas online, espalhados pelo país.

No caso do formato “estúdio de planificação”, a empresa está a “mapear zonas onde haja uma maior necessidade e procura por parte dos consumidores, com uma especial atenção às zonas com maiores dificuldades de acesso às nossas cinco lojas”, explica a responsável, segundo revelou Cláudia Domingues, diretora de Comunicação da IKEA Portugal, ao Hipersuper.

Estes estúdios foram concebidos para ocupar uma área entre “150 e 200 metros quadrados”. e o atendimento exige pré-reserva, feita no espaço ou no site da marca. E, uma vez que não têm stock disponível, nestas lojas os clientes não podem levar os artigos para casa, mas podem efetuar a compra, através do canal online.

Totalmente dedicados à planificação de interiores, nomeadamente cozinhas e roupeiros, e ao atendimento personalizado, estes espaços surgem como complemento às lojas de grande dimensão do grupo sueco em Portugal.

Neste sentido, a empresa prevê também, até ao final do próximo ano, criar 14 novos pontos de recolha, a somar aos atuais oito, operados por parceiros externos, em todo o País, segundo disse a mesma responsável, sem avançar com localizações.

Objetivo: duplicar volume de negócios para mil milhões em Portugal

“Um modelo misto”, é como Helen Duphorn, diretora-geral da empresa em Portugal, antevê, por sua vez, por que passe a estratégia de lojas em Portugal para o grupo nos próximos anos. O Ikea deixou de traçar metas precisas para investimento e número de lojas, mas a abertura de um espaço na Margem Sul sim que faz parte dos planos do gigante nórdico e "logo que seja possível”, segundo avançou a gestora numa entrevista ao Público no início de novembro.

Depois, “teremos mais uma loja mais a Norte, ou Centro de Portugal", dizia Duphorn ao diário, admitindo que os terrenos que a Fidelidade comprou em Entrecampos, Lisboa, ainda podem vir a ter a marca Ikea - que anda também a olhar para outras localizações na capital.

"Mas sobre ‘se’ e ‘quando’, não me quero comprometer. Porque, de repente, se o e-commerce ficar tão grande [em Portugal] como em alguns mercados — 15%, 20% — talvez as lojas [físicas] que temos sejam suficientes”, declarava a responsável, sendo que as vendas eletrónicas valem 4,2% atualmente.

Um pouco mais do que um milhão e 300 mil euros de vendas por dia é quanto vende a Ikea em Portugal. É essa a média que, tal como escrevia o diário, surge da divisão simplista das receitas de 478 milhões de euros que a rede Ikea fez no último ano fiscal, terminado em agosto passado, através das cinco lojas que detém em Portugal (Alfragide, Loures, Matosinhos, Loulé e Braga). "Acredito que dentro de 10 anos podemos perfeitamente duplicar o volume de negócios [em Portugal] e alcançar mil milhões de euros", de acordo com as estimativas de Helen Duphorn.

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