
Os centros comerciais estão entre as atividades que mais sofreram com os efeitos provocados pela pandemia, e terão necessariamente de reinventar-se para continuar a sobreviver. A verdade é que ir às compras nestes espaços pode mesmo vir a ser uma experiência diferente, entre lojas e novas utilizações que ali poderão nascer. Residências seniores e polos universitários são só alguns exemplos.
Para Eric van Leuven, diretor-geral da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), citado pelo jornal Expresso, os centros comerciais tendem a ser “‘objetos imobiliários’ muito interessantes, pois, regra geral, são construções de grande qualidade, bem localizadas e com muito estacionamento”. A propósito, a consultora dá um exemplo de um cliente que cedeu um piso inteiro num centro comercial para uma residência sénior.
“Também vamos ter departamentos de algumas instituições de ensino a instalarem-se em centros comerciais e até unidades de saúde — e não estamos a falar de farmácias”, explica Paulo Sarmento, diretor da C&W para a área de investimento.
Além disso, segundo o responsável, algumas partes dos centros comerciais tenderão a tornar-se espaços de armazenamento de certas marcas, numa altura em que o mercado de logística está a crescer – também por causa do impulso que o comércio online ganhou - e se querem entregas mais rápidas ao cliente.
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