o banco português de negócios (bpn) perdeu cerca de 200 milhões de euros em depósitos nos últimos quinze dias, após ter estado no centro das atenções durante as eleições presidenciais e no parlamento. desde novembro de 2008, altura em que foi nacionalizado, que o bpn é gerido pela caixa geral de depósitos (cgd)
segundo a agência financeira, que cita declarações de uma fonte ligada ao bpn à agência lusa, esta é a segunda vaga de "fuga" de depósitos na entidade desde que esta foi nacionalizada. em 2008, os clientes depositaram 4,5 mil milhões de euros, mas agora o número desceu para os 3 mil milhões
em causa está o facto de o bpn estar a ser o palco da campanha para as eleições presidenciais, depois de cavaco silva ter afirmado que os gestores da cgd faziam uma "gestão em part-time" no bpn, o que "não é muito habitual". os seus opositores, por sua vez, exigem que o presidente da república esclareça a operação de compra e venda de acções do bpn
a polémica subiu de tom quando, no final de dezembro, a administração do banco pediu ao ministério das finanças para fazer um aumento de capital no montante máximo até 500 milhões de euros, sobre o qual o governo ainda não tomou qualquer decisão. agora, na quarta-feira, foi aprovada no parlamento a audição do presidente executivo do bpn, francisco bandeira, que estava previsto deslocar-se esta sexta-feira à assembleia da república, mas, a pedido do próprio, foi adiada para o dia 7
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