
A reabilitação dos centros históricos enfrenta problemas graves de despovoamento e envelhecimento da população e os municípios não dispõem de meios financeiros e técnicos para ultrapassar as dificuldades. O alerta foi deixado pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH).
Segundo José Miguel Noras, da APMCH, os problemas são comuns à generalidade das autarquias. O responsável adiantou que “a escassez de meios, o envelhecimento dos núcleos urbanos antigos e, também, o das próprias populações” são os maiores entraves à reabilitação dos centros históricos.
“Existe um código de arrendamento que não promove grandes facilidades na reabilitação urbana. A necessidade de conservar habitando e de habitar conservando é a melhor forma de reabilitar: vivendo, usufruindo, utilizando, porque sem uso as coisas degradam-se mais depressa”, defendeu José Miguel Noras, salientando que é necessário “dar resposta as exigências das populações”. “[Têm sido reabilitadas] áreas urbanas degradadas com vista a que os centros históricos possam ser cada vez mais habitados, evitando o crescente despovoamento e impedindo que virem museus sem vida”, concluiu.
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