A decisão do Governo de que Portugal saia de forma limpa do programa de resgate impede o país de aceder ao mecanismo de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE), o que pode ser um problema se surgirem mais chumbos do Tribunal Constitucional, surja uma nova crise política ou os mercados passem por uma nova turbulência, avisa a Fitch.
As necessidades de financiamento de Portugal continuam elevadas, pelo que o impedimento de o país aceder ao OMT (Outright Monetary Transactions, para o qual não há ainda tradução em português) do BCE pode ser um problema, segundo a Fitch. Os riscos estão, porém, de alguma forma atenuados pela almofada de 15 mil milhões de euros.
A Fitch acrescenta que, nos próximos anos, a consolidação orçamental vai continuar e que o Documento de Estratégia Orçamental garante isso mesmo.
Por outro lado, agência de notação financeira considera que a devolução de parte dos cortes salariais da Função Pública, a partir de 2015, não coloca os objetivos em risco.
A Fitch alinha as previsões do défice do próximo ano com as do Governo português, mas discorda das estimativas do Executivo; daí em diante, em 2018 por exemplo, Portugal estima um saldo neutro enquanto a agência calcula um défice de 1,8%.
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