Nem todos os segmentos do mercado imobiliário estão a ser afectados pela crise da mesma forma. Segundo o Jornal Expresso, as casas de luxo continuam a vender-se bem em Portugal, embora seja um segmento que não está imune à crise. De acordo com Tiago Queiroga, director-geral da Sotheby's International Realty em Portugal, que cresceu 115% no ano passado, os "clientes continuam a ter muito poder de compra e liquidez", sendo que a "turbulência nos mercados financeiros" foi positiva para o negócio da imobiliária.
Citado pelo Expresso, o responsável adiantou que "investir em terra e tijolo é mais confiável a longo prazo", mas lembrou que o "histerismo de más notícias faz com que as pessoas se retraiam psicologicamente". "Os negócios demoram mais tempo a concretizar", frisou.
Ainda assim, e apesar do abrandamento verificado, dois dos mais emblemáticos negócios dos últimos tempos aconteceram já este ano: um em Lisboa e outro em Vilamoura, Algarve. O primeiro diz respeito à residência oficial do Embaixador do Canadá – transaccionada por dois milhões de euros – e o segundo a uma casa de férias adquirida por um cidadão francês que vive na Suíça e é casado com uma portuguesa – um negócio de três milhões de euros.
Sublinhe-se que volume de negócios da imobiliária Sotheby's em Portugal cresceu 182% em 2009 e 115% em 2010, ano em que o volume de imóveis transaccionados ultrapassou os milhões de euros. Com cerca de 1.600 imóveis em carteira, avaliados em dois mil milhões de euros, a facturação da imobiliária deverá aumentar 130% este ano.
A Sotheby's está presente em 44 países e tem quase 12 mil agentes comerciais no mundo, que colocam ofertas de imóveis locais numa rede mundial com cerca de 550 escritórios. Em Portugal, a mediadora conta com quatro unidades: uma no Estoríl, duas em Lisboa e outra em Vvilamoura
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