
Estão a ser vendidos em Portugal muito mais carros que no ano passado, mas os números ainda estão muito longe dos verificados em 1999. Nos primeiros oito meses do ano, a venda de automóveis subiu 35,7% face ao período homólogo. Foi a maior subida da Europa, segundo dados da Associação dos Construtores Automóveis Europeus (ACEA).
De acordo com o Dinheiro Vivo, que se apoia em dados da ACEA, a maior parte das vendas corresponde à aquisição de automóveis por empresas ou rent-a-car, que fizeram a renovação de frota, o que não faziam há algum tempo. “Os consumidores privados só recentemente começam a ter algum peso nessa percentagem”, adianta o secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro.
Já o secretário-geral da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), Neves da Silva, considera que este crescimento está relacionado “com o aumento do turismo nos últimos dois anos”. “É fundamental para as empresas de rent-a-car ter frotas capazes de dar resposta, o que terá um peso de cerca de 25% no total das vendas, e, por outro lado, as empresas, que não faziam renovação de frota há mais de três anos”, explica.
O responsável da ANECRA adianta que o fim dos incentivos ao abate de veículos em Portugal, que terminou em 2010, “teve um impacto negativo nas vendas, mas também no ambiente e na sinistralidade”. Por outro lado, os portugueses já não pensam em trocar de carro de cinco em cinco anos, como faziam antes da crise. “Agora é de 15 em 15”, adianta.
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