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Queiroz Pereira disponível para vender hotel de luxo em Madrid

O setor hoteleiro espanhol está no radar dos investidores. O crescimento do turismo, a queda do petróleo e a debilidade do euro permitem antecipar um bom comportamento do setor no país vizinho. No segmento de luxo, Pedro Queiroz Pereira (PQP), além do Hotel Ritz em Lisboa, é dono do Hotel Villa Magna no prestigiado bairro de Salamanca da capital espanhola, e juntou-se à onda de proprietários que estão disponíveis para aproveitar este bom momento do mercado.

O empresário português está interessado em vender a unidade hoteleira espanhola, caso surjam boas ofertas, mas de momento os valores que correm não casam com as suas expetativas.

Ainda que não exista um mandato oficial de venda, a Sodim (empresa pessoal de Queiroz Pereira) está disponível para ouvir os potenciais compradores do Hotel Villa Magna. Segundo fontes do mercado em Espanha, o hotel estará avaliado em cerca 130 milhões de euros, um preço que por agora nenhum investidor está disposto a pagar.

Fontes financeiras consultadas asseguram que o preço está inflacionado e que não vale mais de 90 milhões de euros. Contactado pelo idealista news, o grupo Semapa de PQP não quis fazer comentários sobre este processo.

A Sodim, holding pessoal de Queiroz Pereira, comprou o Villa Magna em 2001 à família japonesa Shirayama. Seis anos depois, em 2007, decidiram submeter o hotel a um "lifting" e esteve fechado 14 meses para obras. A empresa, no total entre aquisição e obras de remodelação, investiu perto de 150 milhões de euros na unidade hoteleira em Madrid.

Salgado tentou transferir Ritz e Villa Magna para Tivoli

A Sodim, além dos Queiroz Pereira, tinha também o Grupo Espírito Santo (GES) como acionista. Mas no ano passado, uns meses antes de que o BES fosse intervencionado pelo Banco de Portugal, ambas as famílias romperam o acordo que tinham há anos para gerir várias empresas em vários setores, e a propriedade do Villa Magna passou integralmente para PQP.

Antes do colapso do BES, Ricardo Salgado, o patriarca dos Espírito Santo tentou transferir os hotéis Ritz de Lisboa e o Villa Magna de Madrid para o grupo hoteleiro Tivoli, que enfrentava então já graves dificuldades financeiras (aliás, está agora em processo de recuperação de insolvência e à venda pelo Novo Banco), segundo contaram ao idealista news fontes próximas às duas partes. Mas a operação que a equipa de Salgado tinha em mente não vingou.

O hotel Villa Magana tem atualmente 150 quartos de entre 30 m2 e 290 m2. Tem várias salas de reuniões e um jardim exterior para receções e jantares ao ar livre. Também tem um club wellness com sauna e banho turco.

 

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