Neste momento há 2.161 imóveis de bancos arrendados a famílias que não conseguem pagar uma renda de mercado, mas que também não estão em condições de beneficiar a habitações sociais. Há três anos, os sete maiores bancos estabeleceram um protocolo com o Ministério do Ambiente para um novo modelo de mercado social de arrendamento e ainda há mais de 1.300 casas disponíveis com rendas, pelo menos, 30% mais baratas.
Este novo modelo do Mercado Social de Arrendamento (MSA) foi criado em 2012, numa altura em que a crise imobiliária estava no auge e os bancos tinham nos seus balanços muitos imóveis que não conseguiam vender.
No futuro, o objectivo do ministro do Ambiente, citado pelo Jornal de Negócio, é "consolidar o programa", mais do que "apostar na sua expansão".
O governante que tem a tutela da habitação admite que daqui para a frente não é expetável que novos imóveis entrem na actual bolsa, mas faz "uma avaliação muito positiva do programa".
O MSA nasceu de um protocolo com os sete maiores bancos, que aceitaram mandar para lá um conjunto de imóveis que tinham em carteira e que não conseguiam colocar no mercado, muitos deles entregues por clientes que deixaram de poder pagar os empréstimos, ou por empresas de construção que foram à falência, lembra o jornal.
O compromisso assumido foi o de que as rendas ficariam, pelo menos, 30% abaixo dos valores praticados no mercado do arrendamento.
Os distritos de Lisboa, Porto e Setúbal concentram 70%, mas as cidades de Lisboa e Porto não somam, juntas, mais de meia dúzia de casas. Os imóveis estão, sobretudo, localizados nas periferias.
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