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O Governo sempre garantiu e teima em insistir que o Novo Banco não terá custos para os portugueses, mas esta realidade é cada vez mais difícil de assegurar. Em vias de falhar a venda do "banco bom" do antigo BES, há um buraco iminente nos cofres do Estado de, pelo menos, 3,9 mil milhões de euros correspondentes à amortização do empréstimo efetuado ao Fundo de Resolução no âmbito do processo de resolução do Banco Espírito Santo.

Caso a receita com ativos financeiros prevista para 2015 não se realize, tal como era suposto com a venda do Novo Banco - cada vez mais complicada, segundo tem noticiado a imprensa nacional nos últimos dias -será necessário realizar "emissão líquida de dívida pública ou a utilização dos depósitos de forma a satisfazer as necessidades líquidas de financiamento do Estado", considera a UTAU, citada pela Lusa.

O impacto da capitalização do Novo Banco nas contas públicas será incluído na segunda notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), que o INE enviará para Bruxelas até dia 01 de outubro, garantiu a instituição à agência de notícias

Para garantir a capitalização do Novo Banco, a instituição recebeu uma injeção de 4,9 mil milhões de euros por parte do Fundo de Resolução bancário, uma entidade gerida pelo Banco de Portugal e que detém 100% do capital do Novo Banco.

Deste montante, 3,9 mil milhões resultam de um empréstimo remunerado feito pelo Estado e o restante resulta de um empréstimo, também remunerado, feito por vários bancos a operar em Portugal e de capitais do próprio Fundo de Resolução.

Banco de Portugal vai conseguir vender?

O Novo Banco foi posto à venda e o Banco de Portugal identificou três potenciais compradores, sendo que as negociações com os chineses da Anbang, que apresentaram a proposta que ficou em primeiro lugar, terminaram sem acordo, segundo anunciou o Banco de Portugal a 01 de setembro.

Os chineses da Fosun e os americanos da Apollo são os dois potenciais compradores que ainda estão na corrida, ainda que nos últimos dias vários órgãos de informação tenham dado conta da possibilidade de a venda do Novo Banco ser adiada para depois das eleições legislativas de 04 de outubro. A SIC chegou mesmo a dizer que a Fosun tinha abandonado as negociações.

Hoje, o Diário Económico vem dizer que a Caixa Bank admite estar na corrida ao Novo Banco, caso o processo siga no próximo ano. A ideia do banco catalão, maior acionista do BPI, será fundir os dois bancos, depois de falhada a OPA lançada sobre o banco liderado por Fernando Ulrich.

 

 

 

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