As obras do projeto de urbanização das Eirinhas, uma zona degradada do Bonfim, no Porto, vão arrancar ainda este ano. A garantia foi dada recentemente pelo presidente da Câmara da cidade, Rui Moreira. Em articulação com o fundo imobiliário do bairro do Aleixo, a autarquia vai investir 5,8 milhões de euros nas Eirinhas.
O projeto, tal como explica a Lusa, prevê a construção privada de habitações unifamiliares e pretende levar para aquela zona 100 novas famílias e 300 novos habitantes, destinando 2,9 milhões de euros para 48 fogos de habitação social, a construir pelo fundo do Aleixo, 1,5 milhões de euros para um pavilhão desportivo e um milhão para novos arruamentos e requalificação do espaço público.
Rui Moreira, citado pela agência de notícias, considera que esta é “uma zona crucial da cidade”, onde “a habitação social não vai estar num gueto, mas em ligação com a habitação privada e equipamentos desportivos”.
Problemas do Aleixo resolvidos
A construção de habitação social por parte do fundo do Aleixo já estava prevista para aquela zona da cidade, mais precisamente na avenida Fernão de Magalhães, mas o atual executivo sustenta que o projeto tinha “localização inconveniente e concretização pouco económica”.
De acordo com Rui Moreira, o prédio “ia fazer o tamponamento entre a cota alta e a cota baixa do Bonfim”, impedindo a ligação das Eirinhas a Fernão de Magalhães e “ia ser, em breve, um prédio insalubre”.
A autarquia decidiu, por isso, propor ao Invesurb investir em habitação social nas Eirinhas, de forma a conseguir “resolver um problema aproveitando uma oportunidade”, aponta o edil, frisando que “isto prova, também, que o Fundo do Aleixo não está parado. Está resolvido”.
A Câmara recorreu ao arquiteto José Gigante, que em tempos já tinha projetado habitação social para as Eirinhas, para chegar à atual solução que envolveu permutas com os proprietários privados de terrenos no local, conta ainda a Lusa.
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