
As famílias esperam gastar 455 euros com o regresso às aulas, menos 73 euros do gastaram há um ano. Vão, no entanto, recorrer mais ao cartão de crédito: em 2015 o valor pago a crédito ascendia a 267 euros enquanto este ano fica-se pelos 236 euros.
Segundo o Diário de Notícias, que se apoia num estudo do Cetelem, empresa especializada na concessão de crédito, vestuário e calçado (78%), artigos de desporto (55%) e despesas de educação (46%) lideram as intenções de compra.
Foram inquiridas para o estudo 600 pessoas de ambos os sexos, entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal continental, sendo que 38% dos participantes têm filhos em idade escolar e 7% têm ainda pais a estudar no agregado familiar. A maioria dos filhos (33%) frequenta o ensino básico entre o primeiro e o nono ano de escolaridade no ensino público (87%).
“O número de famílias com filhos a estudar no ensino público aumentou ligeiramente em 2016 (87% face a 85% em 2015). Destes, praticamente a totalidade pretende manter os seus filhos no mesmo tipo de ensino no futuro”, referem os responsáveis pelo estudo, adiantando que as razões mais invocadas para a transferência dos filhos do privado para o público prendem-se com “o filho já estar crescido e não necessitar de andar no privado”, motivos financeiros, o fim do ciclo e a escola privada que frequenta não ter mais anos escolares e, por fim, a boa qualidade do ensino público.
De referir que a maioria das famílias realiza as compras de material escolar em dois momentos: primeiro os livros (54%) e depois o restante material. Essas compras são feitas geralmente (48%) duas semanas antes do início das aulas e todas de uma só vez (59%). Só o material dos pais que estudam costuma ir sendo comprado ao longo do ano escolar (65%).
O comércio tradicional é o preferido dos consumidores, já que 80% das compras são feitas em papelarias, 65% em hiper ou supermercados e 22% online.
De salientar ainda que este ano aumentou a intenção das famílias em adquirirem manuais escolares novos: 94% irão fazê-lo, ainda que 19% mantenham, paralelamente, a intenção de comprar livros em segunda mão e 18% planeiem pedi-los emprestados a familiares e amigos. Há um ano, 33% admitiam comprar manuais escolares em segunda mão e 27% pediam emprestado.
No regresso às aulas, a maioria (74%) tenciona gastar dinheiro em vestuário e calçado para criança (ou adulto, no caso dos pais que estudam), equipamentos e artigos de desporto (48%), despesas de educação excluindo material escolar (41%), artigos de informática exceto computadores (30%), artigos de conforto para a casa (16%), telemóvel para o educando (14%), computadores portáteis ou desktop (12%) e automóvel ou scooter para as deslocações para a escola (1%).
Estas compras serão pagas, em parte, com cartão de crédito. Mais famílias admitem usar esse meio de pagamento (27% face a 25% em 2015), mas o valor médio a utilizar diminuiu: de 267 euros, em 2015, para 236 euros, em 2016.
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