
A arte de Banksy está de regresso a Paris. O artista de rua britânico – cuja identidade permanece no anonimato até hoje – decidiu pintar várias paredes na capital francesa numa clara alusão à crise migratória, racismo e antissemitismo. Os murais foram descobertos nos últimos dias, mas já estão a correr mundo.
A primeira obra a ser descoberta, segundo o El País, perto de Porte de la Chapelle, mostra a imagem de uma menina negra a pintar com spray um mural de padrão floral cor-de-rosa por cima de uma cruz suástica, junto a um saco-cama e um peluche. Foi encontrada a 20 de junho, Dia Mundial do Refugiado, numa rua onde até há poucos meses existia um centro de acolhimento de refugiados.
Outra obra atribuída a Bansky – entretanto veio confirmar a autoria de algumas destas obras na sua página de instagram – retrata Napoleão Bonaparte a montar um cavalo branco, numa alusão à pintura de Jacques-Louis David, que aparece coberto com um manto vermelho. Uma ilustração que poderá ser associada à proibição do uso do véu islâmico.
Também a figura de uma criança, em tons de branco, com ar abatido, pintada numa das saídas de emergência da sala de espetáculos parisiense Bataclan, pela qual centenas de pessoas escaparam durante o ataque terrorista da noite de 13 de novembro de 2015.
Ainda as ratazanas, uma imagem de marca de Bansky, espalhadas em vários pontos da cidade. Uma delas parece ter um lenço a cobrir o nariz e estar prestes a detonar algum explosivo.
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