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Nunca os portugueses tiveram tanto dinheiro aplicado em depósitos. O montante já se aproxima dos 145.000 milhões de euros, segundo os dados do Banco Central Europeu (BCE). É o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser recolhidos, em 2003, e são o reflexo do maior rendimento dos portugueses, mas também dos reembolsos do IRS.

Os depósitos atingiram em maio 144.891 milhões de euros. Aumentaram 1.488 milhões face ao mês de abril, segundo o Jornal de Negócios, traduzindo o maior aumento desde julho de 2016, altura em que se verificou uma subida de 2.102 milhões de euros.

"Apesar da redução da taxa de poupança, os montantes aplicados estão a aumentar, o que decorre do crescimento económico, do rendimento agregado dos portugueses e dos reembolsos do IRS", disse o economista da IMF, Filipe Garcia, à publicação. “Como a aversão ao risco continua a caracterizar a maior parte dos aforradores, os depósitos tendem a ser os preferidos, até pela sua simplicidade e disponibilidade", acrescentou.

Os reembolsos do IRS, até ao final de maio, aumentaram 19,3% face ao período homólogo, para os 2.122,4 milhões de euros, segundo dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO). Trata-se de um aumento de 343,1 milhões de euros face ao mês de maio do ano passado.

De referir ainda que a maioria dos depósitos fica em aplicações à ordem. O saldo destas aplicações ascendeu a 50.944 milhões de euros, em maio, o valor mais elevado desde que há registos.

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