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Caixa vendeu mais de 1.100 imóveis em seis meses no valor de 300 milhões...
Quarteirão da CGD na Rua do Ouro, em Lisboa, vai começar agora a ser comercializado Cushman & Wakefield

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a viver bons momentos no que toca aos negócios imobiliários. No primeiro semestre do ano, o banco do Estado vendeu 1.138 imóveis, avaliados em mais de 300 milhões de euros - dos quais 110 milhões de euros já estão escriturados. Este valor inclui 113 milhões de euros de uma carteira de NPL (malparado) com mais de cinco anos.

“Estão a sair mais imóveis do que entram”, veio dar a conhecer o CEO da CGD, na apresentação de resultados do banco, reforçando que este movimento corresponde a uma tendência benéfica.

Quanto ao portfólio de imóveis recebidos por incumprimento de crédito, segundo escreve o Jornal Económico, Paulo Macedo revelou que o imóvel da Caixa na Rua do Ouro vai agora começar a ser comercializado.

Sobre a Comporta - onde a CGD é credora em cerca de 120 milhões - o líder executivo do banco declarou que “vê com satisfação o adiamento”, pela segunda vez, da assembleia-geral do fundo imobiliário da Herdade da Comporta, no sentido de poder haver mais certezas sobre as ofertas existentes.

CGD passa de prejuízos a lucros

Em vez de prejuízos, a Caixa conseguiu lucros no primeiro semestre de 2018, de acordo com o comunicado da CGD enviado à CMVM. O banco do Estado passou assim de perdas de 50 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2017 para lucros de 194 milhões de euros em junho deste ano.

A justificação para a melhoria das contas no primeiro semestre deve-se, sobretudo, à redução das provisões e imparidades, que afundaram 88,5% para 44,8 milhões de euros.

A atividade em Portugal contribuiu com 119 milhões de euros para o resultado, quando um ano antes teve um peso negativo de 169 milhões de euros no resultado líquido da Caixa. Os negócios internacionais contribuíram com 75 milhões de euros para o resultado líquido do banco público.

E, "após o ano de 2017 em que a CGD reduziu os seus NPL [non-performing loans, segundo a definição da Autoridade Bancária Europeia] em 2,7 mil milhões de euros, o primeiro semestre de 2018 já regista uma redução adicional de 1,1 mil milhões de euros, com forte impacto das componentes de curas, write-offs e recuperações”, refere ainda no documento publicado no site do regulador dos mercados financeiros.

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