Há mais mortos em junho de 2022 do que em junho de 2021. Temperatura em maio foi de 25,87 graus Celsius, a mais alta desde 1931.
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Mortalidade em Portugal
Público

Os primeiros 14 dias de junho trouxeram bom tempo e muito calor para Portugal. Mas os dados nacionais não trazem boas notícias: a mortalidade nesse período está bem acima dos valores anteriores à pandemia. Em relação à primeira quinzena de 2021, a mortalidade aumentou 30%. E não há um só fator que pode explicar este aumento, mas os especialistas sugerem que as mortes por Covid-19 e o calor podem ajudar a explicar estes números.

Entre 2009 e 2019, foram registados em Portugal uma média de 3.652 óbitos entre 1 e 14 de junho, o que resulta numa média de 281 mortes por dia. Já em 2022, a média subiu para 4.973 óbitos nesse período, resultando em 355 mortes por dia, apontam os dados do Sistema Nacional de Vigilância da Mortalidade citados pelo Público. Ou seja, a mortalidade aumentou 26% nos primeiros dias de junho entre estes dois momentos. Mas o que pode justificar este aumento?

De acordo com os especialistas contactados pelo mesmo meio há essencialmente duas razões que podem explicar estes números de mortalidade:

  • Temperatura média do ar mais elevada – em maio foi de 25,87 graus Celsius, a mais alta desde 1931;
  • Contributo das mortes por Covid-19.

Além disso, Maria João Valente Rosa, demógrafa e professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa​, recorda que “o arrastar de uma situação que começou com a Covid-19 (…) acabou por resultar em que as outras patologias deixassem de ter os cuidados necessários”, disse citada pelo mesmo jornal, sublinhando que isso pode ter especial impacto nas pessoas mais velhas.

O que é certo é que ao ritmo que os óbitos surgem em 2022, Portugal segue caminho para um novo possível recorde em mortalidade, ultrapassando o batido em 2021 – isto excluindo os anos em que o país foi atingido pela gripe espanhola, refere o mesmo meio.

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