Falta de mão de obra qualificada continua a ser um dos principais problemas do setor.
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Foto de Benjamin Elliott no Unsplash

A Michael Page divulgou as principais tendências para o mercado de trabalho em 2023, em cada setor, nomeadamente as funções mais procuradas e até salários. A consultora de recursos humanos destacou no estudo anual o aumento da digitalização dos negócios, a mobilidade, os novos métodos de trabalho, as novas funções e a procura por talentos, como características transversais a todas as atividades. Mas, afinal, o que traz o novo ano para o setor da construção?

A falta de mão de obra qualificada na construção é um problema, identificado várias vezes, de resto, como um dos principais constrangimentos à atividade. A procura é superior à oferta e, ao que tudo indica, esta tendência deverá manter-se este ano. Segundo o estudo da Michael Page, citado pelo ECO, os perfis mais procurados na construção estão ligados à produção do lado dos empreiteiros:

  • diretores de obra;
  • encarregados gerais;
  • preparadores de obra;
  • e orçamentistas.

No caso dos promotores procuram-se, sobretudo, gestores de projeto.

E os salários?

No setor do imobiliário e construção, o número de trabalhadores contratados e os salários médios brutos subiram mais de 5% no trimestre terminado em setembro de 2022 face ao mesmo período do ano passado, segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar da subida salarial, estas atividades económicas continuam a ser das menos bem remuneradas no país.

Entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, os salários dos trabalhadores da construção subiram 5,2% para 1.076 euros brutos mensais. A evolução anual dos salários na construção foi a nona mais elevada da lista divulgada pelo INE.

Segundo o estudo da Michael Page, comparativamente a 2021, os valores de remuneração estagnaram em 2022 na maioria das funções. “A remuneração para o próximo ano (2023) pode incluir desde o valor máximo de 110 mil euros para a função de diretor-geral a 35 mil euros para um engenheiro fiscal ou de projeto”, refere a consultora, citada pela mesma publicação.

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