As alterações climáticas são uma realidade, e os eventos extremos cada vez mais frequentes. Desde períodos de seca prolongada a mau tempo e inundações, como as que atingiram as regiões de Lisboa e Porto nas últimas semanas, e que provocaram grandes estragos. A frequência destes fenómenos poderá vir a agravar os prémios dos seguros das casas, especialmente em zonas de risco.
Segundo o Expresso, e apesar das zonas com maior exposição ao risco de cheias, incêndios ou mesmo sismos já custarem mais, o aumento deste tipo de situações, devido ao clima, poderá provocar um aumento dos preços dos seguros ou até dificultar a obtenção de um. Na realidade, já existe uma diferenciação de preços em zonas mais expostas a diversos riscos, mas o que está a mudar, é a frequência com que estes fenómenos extremos acontecem.
O jornal contactou várias seguradoras, como a Fidelidade, Tranquilidade, Ageas, Zurich, Lusitânia e Crédito Agrícola, e nenhuma excluiu a necessidade de se fazer uma nova avaliação de preços e de coberturas. No entanto, explicam que a base do preçário dos seguros para a casa já leva em conta vários fatores, nomeadamente a maior ou menor exposição ao risco.
A Fidelidade admite mesmo que e “a maior frequência de fenómenos climatéricos extremos está a pressionar os custos”, salvaguardado que, “caso não se adotem medidas de mitigação de riscos, tanto públicas como privadas, os preços dos seguros nas zonas de maior risco terão tarifas agravadas, e nos casos mais extremos haverá maior dificuldade para encontrar seguro”.
Tens notas estragadas por inundações? Sabe o que fazer
As chuvas intensas dos últimos tempos causaram danos em habitações e pequenos comércios, que podem ter danificado, por exemplo, notas guardadas nessas instalações. Estes valores podem ser recuperados com o serviço de valorização de notas do Banco de Portugal (BdP).
O supervisor tem um serviço de valorização de notas, que “recupera” notas danificadas, entregando aos seus proprietários o contravalor das mesmas, depois de cumpridos determinados requisitos. O BdP analisa, gratuitamente, as notas apresentadas, obedecendo a critérios rigorosos, que determinarão a devolução, ou não, do contravalor das notas a quem as apresenta. Esses critérios aplicam-se a todos os países da área do euro.
- Só há direito a reembolso se:
- As notas forem genuínas; e
No caso das notas de euro, se for possível reconstituir, pelo menos, metade da nota. No caso das notas de escudo, se for possível reconstituir, pelo menos, 75% da nota.
O que fazer para ser reembolsado
Se tens notas danificadas, tal como explica o supervisor, deves dirigir-te a uma das tesourarias de atendimento ao público do BdP em Lisboa, à Filial do Porto, às agências do BdP em Braga, Viseu, Coimbra, Évora e Faro, ou às Delegações Regionais da Madeira ou dos Açores, e iniciar o processo de valorização das notas.
Ser-te-á pedido que te identifiques e que entregues as notas para valorização. Em troca, o Banco de Portugal entregar-te-á um documento de quitação.
Em alternativa, podes enviá-las ao BdP, através de correio registado com “serviço especial de valor declarado”. Para tal, necessita de dois envelopes:
- o primeiro envelope deve conter a nota danificada e ser fechado com a indicação no exterior “Contém numerário” e a discriminação das notas que seguem no interior;
- o segundo envelope, onde deve ser colocado o primeiro envelope, terá de ser enviado através de “serviço especial de valor declarado” para:
Banco de Portugal
Departamento de Emissão e Tesouraria
Unidade Central de Operações com Numerário
Apartado 2001
1100-012 Lisboa
Deves identificar-te (cartão de cidadão ou passaporte, morada, contacto telefónico e correio eletrónico) e fornecer os dados necessários para a realização de transferência bancária.
Para poder comentar deves entrar na tua conta