
A inflação em Portugal continua a cair, depois de ter iniciado a trajetória de descida há quatro meses. Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira publicados revelam que a inflação terá caído para 8,2% em fevereiro de 2023, um valor inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) face à taxa registada em janeiro. Os dados definitivos sobre a inflação em Portugal relativa a fevereiro serão publicados no próximo dia 10 de março.
“A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído, pelo quarto mês consecutivo, para 8,2% em fevereiro de 2023, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior”, revela o INE no boletim publicado esta terça-feira, dia 28 de fevereiro.
A descida da inflação no nosso país é justificada, sobretudo, pela queda dos preços da energia, dado que:
- Preços da energia: o INE estima que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 2,0% (taxa inferior em 5,1 p.p. face ao mês precedente);
- Preços dos alimentos: o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 20,1% em fevereiro (18,5% em janeiro).
Já a inflação subjacente – que exclui os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados – acelerou para 7,2%, mais dois pontos percentuais face a janeiro (7,0%).
Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,3% (-0,8% em janeiro e 0,4% em fevereiro de 2022). O INE estima ainda que a variação média da inflação nos últimos doze meses foi de 8,6% (8,2% no mês anterior).
Para comparar a inflação entre os diferentes países da Zona Euro é utilizado o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC). E o INE indica que o “IHPC português terá registado uma variação homóloga de 8,6% (valor igual ao do mês precedente)”.
Recorde-se que para travar a inflação na Zona Euro - que se fixou em 8,6% em janeiro, segundo o Eurostat -, o Banco Central Europeu (BCE) tem seguido com a sua política monetária mais restritiva nos últimos meses, subindo as taxas de juro diretoras em 300 pontos base. A próxima reunião do regulador europeu está agendada para dia 16 de março e tudo indica que haverá um novo aumento dos juros diretores de 50 pontos.
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