
A inflação abrandou em março, pelo quinto mês consecutivo. A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá sido de 7,4% no terceiro mês do ano, menos 0,8 pontos percentuais face ao valor registado no período homólogo. Os dados definitivos do IPC de março serão publicados no próximo dia 13 de abril.
"Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, verificado em março de 2022", nota o INE. Ou seja, a subida acentuada do ano passado está a influenciar a variação deste ano, tendo em conta que a base de comparação se alterou de forma significativa.
Na energia, registou-se em março uma nova diminuição na variação homóloga dos preços no consumidor, passando de 1,9% em fevereiro para -4,4%, sendo esta a primeira vez que o índice relativo aos produtos energéticos regressa a valores negativos em mais de dois anos.
Por outro lado, também o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá também abrandado, de 20,1% em fevereiro para 19,3%. Ainda assim, está em valores muito acima da média, o que motivou já o Governo a avançar com a redução do IVA para aliviar as famílias portugueses, que gastam grande parte do seu rendimento em alimentação.
Já a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por serem mais sujeitos a variações de preços), terá registado uma variação de 7%, o que corresponde a menos 0,2 pontos percentuais do que no mês de fevereiro.
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