A inflação em Portugal tem oscilado ligeiramente em torno do objetivo de médio prazo de 2%. Em abril, a variação homóloga da inflação acelerou ligeiramente a subida para 2,1%, uma taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) face a março, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida dos preços dos alimentos ajuda a explicar este crescimento.
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,1% em abril, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, indica o INE no boletim publicado esta terça-feira, dia 13 de maio.
A ligeira aceleração da inflação em Portugal registada em abril deveu-se sobretudo ao aumento dos preços dos alimentos:
- Preço dos produtos energéticos: diminuiu para -0,1% em abril (0,1% no mês anterior);
- Preço dos produtos alimentares não transformados: aumentou para 3,2% em abril (2,8% em março).
De notar ainda que as despesas com a habitação também ajudaram a alimentar o aumento da inflação no nosso país. “Em abril, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, destacam-se a dos Restaurantes e hotéis, a da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e a dos Bens alimentares e bebidas não alcoólicas”, lê-se no documento.
Em termos mensais, a inflação em Portugal diminuiu para 0,7% (1,4% no mês precedente e 0,5% em abril de 2024). E a variação média do IPC dos últimos doze meses foi 2,4% (valor idêntico no mês anterior).
Também a inflação subjacente em Portugal – que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos - registou uma variação de 2,1% (1,9% em março).
Área Euro regista inflação ligeiramente superior a Portugal
Para comparar a inflação entre os diferentes países da área euro é utilizado o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC). O INE destaca que o IHPC português apresentou uma variação homóloga de 2,1%, também ligeiramente superior ao registado no mês anterior (1,9%), mas inferior em 0,1 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em março, esta diferença foi de 0,3 p.p.)”.
“Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,2% em abril (2,0% em março), taxa inferior à correspondente para a área do Euro (estimada em 2,7%)”, indica ainda.
O IHPC português registou uma variação mensal de 1,3% (1,7% no mês anterior e 1,1% em abril de 2024) e uma variação média dos últimos doze meses de 2,6% (valor idêntico no mês precedente).
Recorde-se que o Banco Central Europeu já desceu os seus juros diretores sete vezes para travar a subida da inflação na zona euro, um movimento que começou em junho de 2024. Agora voltará a reunir-se em junho, estando previsto pelos analistas um novo corte das taxas de juro diretoras. O seu objetivo é que a inflação na área euro estabilize em 2% no médio prazo.
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