Portugal mantém-se num patamar intermédio na União Europeia quando se olha para o crescimento do rendimento disponível per capita das famílias entre 2004 e 2024, enquanto países como Roménia (134%), Lituânia (95%) e Polónia (91%) registaram aumentos impressionantes.
Espanha destacou-se negativamente, com apenas 11% de aumento em 20 anos, ficando apenas à frente da Grécia (-5%) e da Itália (-4%). Portugal não chega a esses extremos, mas o seu crescimento também se manteve moderado, refletindo os desafios estruturais da economia e do mercado laboral.
Segundo o Eurostat, entre 2004 e 2008 o rendimento per capita das famílias europeias cresceu de forma consistente. No entanto, a crise financeira de 2008‑2011 travou esta evolução, levando a uma estagnação do poder de compra. A recessão de 2012 e 2013 afectou ainda mais os rendimentos, antes de um período de crescimento gradual até 2020. A pandemia em 2020 provocou uma nova queda, seguida de recuperação em 2021, embora a aceleração do crescimento tenha sido lenta em 2022 e 2023. Os dados preliminares para 2024 indicam uma retoma mais vigorosa.
Para Portugal, este cenário significa que, embora se observe um crescimento progressivo do rendimento familiar, o ritmo continua aquém de outros Estados-Membros do leste europeu e de economias centrais como Alemanha e Países Baixos.
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