
Todas as quintas-feiras abrimos as portas de uma casa de sonho. E desta vez trazemos um exemplar ecológico e alinhado com as novas tendências em termos de sustentabilidade. Muita gente pensa que para se conseguir uma casa totalmente desconectada da rede elétrica é necessário ter um telhado cheio de painéis solares, e muitas baterias para acumular energia para as noites e dias em que não haja sol. Mas lembra-te que para ter uma casa 100% autossuficiente, o mais importante é investir na casa consumindo o mínimo de energia possível.
Ou seja, deves preocupar-te com o isolamento contra variações de temperatura e manter o interior da casa numa temperatura confortável, além de garantir que todos os eletrodomésticos e lâmpadas da casa funcionem perfeitamente.

Pois bem, o engenheiro Omar Suárez conseguiu construir uma casa desconectada da rede e totalmente autossuficiente com energia solar com a tecnologia Sunthalpy. A sua primeira obra foi concluída com uma casa própria em Oviedo (Espanha), onde está desligado da rede eléctrica há mais de um ano e só trabalha com luz solar. É uma casa de 200 metros quadrados (m2) com piscina aquecida para uma família de quatro pessoas.
Com essa tecnologia, ele conseguiu uma construção solar de baixa entalpia, capaz de atender a todas as suas necessidades de energia, mesmo com céu nublado. Ou seja, a propriedade é capaz de trabalhar captando energia em baixas temperaturas, em dias nublados, armazenando-a. Trata-se de uma casa solar que funciona mesmo sem sol.
No último ano conseguiu manter o aquecimento, a água quente, a eletricidade e os aparelhos elétricos e até uma piscina aquecida (a mais de 30ºC durante todo o ano) apenas com a energia solar que gera.

“A própria estrutura de betão do edifício torna-se, na realidade, uma bateria térmica de elevada eficiência, graças à inclusão de um pavimento radiante caracterizado por um microbetão de elevada condutividade térmica”, afirma o seu criador, que patenteou esta iniciativa na Europa.
“Este elemento permite que o edifício seja aquecido ou arrefecido com água a apenas 20,5ºC. As lajes estruturais do edifício tornam-se emissores perfeitos de aquecimento e arrefecimento, a ponto de poderem eliminar a necessidade de ar condicionado”, acrescenta o especialista.
Por outro lado, a fachada e o telhado do edifício tornam-se coletores híbridos de calor e eletricidade integrados na arquitetura do próprio edifício. Toda essa energia vai para uma bomba de calor, que é o que faz os painéis térmicos trabalharem durante os dias nublados de inverno, sendo capaz de absorver toda a radiação difusa emitida pelas nuvens para equilibrar as perdas do dia.
O sistema está a ser tão eficaz que ainda tem energia suficiente para manter uma piscina aquecida a mais de 30ºC, mesmo no inverno. Mas, ao mesmo tempo, a piscina funciona como um acumulador térmico híbrido, uma espécie de reserva de calor extra. Todo este sistema é controlado por um controlo central.

1 Comentários:
Alguém, pode me ligar nos horários das 09hs às 16hs? 925.147.345
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