
A climatização no interior das habitações é uma questão cada vez mais valorizada pelos portugueses. O conforto térmico é algo que varia de pessoa para pessoa e que influencia, em grande parte, a sua saúde e bem-estar, assim como o seu desempenho (no caso de locais de trabalho). Por isso, nos dias de hoje, a busca por uma temperatura equilibrada e ideal é uma procura constante.
Existem diversos fatores que influenciam o conforto térmico, nomeadamente variáveis individuais como a atividade desenvolvida e o vestuário, assim como variáveis ambientais como a temperatura e humidade relativa do ar, temperatura média radiante e velocidade do ar. É por isso que a procura de soluções de aquecimento e arrefecimento do ambiente se tornou num assunto tão importante para as famílias, representando já cerca de 22% do consumo de energia da habitação.
Com a ajuda da MELOM*, empresa especializada e líder em remodelação de imóveis, deixamos-te alguns dicas de climatização para um maior conforto do lar.

Apesar de uma grande percentagem de lares não terem qualquer equipamento de climatização, os sistemas mais utilizados em Portugal são os aquecedores com resistência elétrica e as lareiras, que apesar de muito usados são pouco eficientes.
Quando se escolhe um sistema de aquecimento e arrefecimento para uma habitação deve ter-se em conta alguns aspetos, nomeadamente a localização geográfica do edifício, que está inteiramente relacionada com o tipo de clima existente; a orientação solar do edifício e das respetivas divisões; o número de espaços a climatizar e a respetiva área; a possibilidade de utilização de uma solução combinada de aquecimento de águas e do ambiente.
1. Tipos de sistemas de climatização a considerar
Atualmente, a utilização de sistemas mais eficientes de climatização é uma preocupação do utilizador. Neste artigo, a MELOM aborda os sistemas aconselhados, demonstrando as vantagens e as desvantagens de cada um.
- Ar Condicionado:
O equipamento de ar condicionado tem como principal objetivo climatizar o espaço, ou seja, arrefecer e aquecer a divisão onde se encontra instalado. No entanto, pode também acumular funções como desumidificação, renovação e filtragem do ar e ventilação.
Os sistemas mais comuns são do tipo slip, existindo duas unidades: uma no interior e outra no exterior do edifício, ligadas entre si por tubagem de cobre, nos quais circula um fluido frigorígeno, promovendo a troca de calor entre o ambiente exterior e o interior.

Existem, porém, vários tipos de sistemas: o sistema portátil, que tem como principais vantagens o facto de ser fácil deslocar e de não requerer qualquer pré-instalação; o sistema mono-split, com uma unidade interior e outra no exterior e o sistema multi-split, com uma unidade no exterior e diversas no interior, permitindo o controlo da temperatura individual dos vários espaços. No entanto, este sistema não permite ciclos de aquecimento e arrefecimento simultâneos.
No sistema de ar condicionado, o utilizador pode, de forma rápida, regular a temperatura em qualquer altura do dia, independentemente da estação do ano. É um sistema extremamente versátil, com diversas configurações e potências. Está disponível com níveis de eficiência elevados, o que poderá conduzir a menos gastos na fatura de energia, quando comparados com outros sistemas menos eficientes.
- Recuperadores de calor e salamandras:
São equipamentos que utilizam a queima de combustível sólido (pellets, lenha, briquettes) para aquecer o ambiente. A energia produzida é transmitida a um fluido (ar ou água), que vai distribuir o calor pelas várias divisões da habitação.
Os recuperadores de calor podem ser a ar, utilizando essencialmente o espaço livre das lareiras convencionais e aquecem os espaços através de condutas. No caso dos recuperadores a água, que são fundamentalmente usados para o aquecimento central, a distribuição do calor
faz-se através de condutas de água, que poderão aquecer os radiadores, piso radiante e/ou águas quentes sanitárias.

Os recuperadores de calor e salamandras, podem utilizar diversos tipos de combustível biomassa, nomeadamente lenha, estilha (fragmentos provenientes de estilhaçamento da biomassa florestal, sendo o mais barato de todos os combustíveis), pellets (aglomerados de serrim e desperdícios da indústria transformadora da madeira, com baixo teor de humidade e elevado teor calorífico, permitindo mais eficiência e flexibilidade de utilização) e briquetes (com um processo de transformação idêntico ao dos pellets, mas produzidos com maior dimensão).
As principais vantagens dos recuperadores de calor e salamandras é que utilizam combustíveis mais económicos e provenientes de energias renováveis. São muito eficientes, pois utilizam grande parte da energia contida nos gases produzidos para aquecer o fluido.
- Aquecimento Central:
O aquecimento central destina-se a fazer o aquecimento das habitações – a instalação pode ser centralizada e individual ou coletiva. Em ambos os casos, é aquecido um fluido num gerador de calor, que é conduzido aos elementos difusores de temperatura, em cada divisão.
Os sistemas mais comuns de aquecimento central integram os seguintes componentes: gerador de calor (geralmente uma caldeira); as unidades de regulação e controlo; e o sistema de distribuição e emissão de calor (composto por tubagens, bombas e radiadores, no interior dos quais a água circula, distribuindo o calor pelas várias divisões).
Este sistema tem como principais vantagens a ausência de ruído e com longo período de vida útil.
- Piso Radiante:
O sistema radiante é um sistema de aquecimento cada mais usado no nosso país, devido à sua versatilidade e eficiência. Este sistema pode ser elétrico ou hidráulico, e pode ser utilizado como fonte de aquecimento de água, bomba de calor, caldeira a gás, gasóleo, lenha ou painéis solares.
O funcionamento do piso radiante, utilizando o sistema hidráulico é composto por uma rede de tubos instalados por baixo do pavimento, através dos quais circula a água quente.
Já no caso do sistema de piso radiante elétrico, é colocada uma serpentina por baixo do pavimento, devidamente protegida e isolada, sendo controlada por termóstato de ambiente. que mantem cada divisão à temperatura desejada. Apenas necessita de estar ligado à rede elétrica existente e mantém cada divisão à temperatura desejada.

Ambos os sistemas têm como principais vantagens o aquecimento rápido e uniforme das divisões, além de permitir ter mais espaço livre dentro dos compartimentos (mais do que com os sistemas convencionais).
É de fácil instalação em novos edifícios e pode ser utilizado em todo o tipo de pavimentos, nomeadamente cerâmico, laminado, madeira, vinílico.
Como principal desvantagem tem o custo inicial de aquisição, que poderá ser recuperado a médio prazo, devido aos baixos custos de utilização. Este sistema tem também como desvantagem o facto de necessitar de uma altura mínima para poder ser instalado, sendo por isso mais recomendado nos casos de nova construção.
2. Qual o melhor sistema de climatização?
Dificilmente existirá um sistema perfeito. Este dependerá de diversos fatores nomeadamente o tipo de habitação, área habitável, a localização, o estilo de vida, as condições de saúde, os gostos pessoais e a disponibilidade financeira.

Ainda assim, o sistema que reúne mais unanimidade é o sistema de Ar Condicionado, uma vez que é muito prático e versátil. Pode ser utilizado para o aquecimento e arrefecimento do espaço e ser instalado à medida das necessidades dos utilizadores. Os sistemas de caldeira (a gasóleo ou a gás), apesar de eficientes são ainda muito dispendiosos e os custos de operação são superiores.
3. Quais os cuidados a ter na instalação dos equipamentos?
Cada casa é diferente e, por isso, tem necessidades distintas. Antes da instalação, é aconselhável pedir um estudo para cada tipo de espaço e analisar as suas necessidades. É essencial optar por uma empresa de climatização certificada, que ofereça soluções variadas, de qualidade e eficientes. Considere todas as opções antes de decidir qual a melhor solução para a sua casa.

*Este artigo contou com o apoio técnico da MELOM Space (Vila Franca de Xira) .
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