
20 anos depois de arrancar em Londres pela mão de Victoria Thornton, e de ser um êxito em 12 capitais do mundo, o grande festival da arquitetura que mostra as cidades de "portas abertas" arrancou em Lisboa em 2012. "Desde a primeira edição do Open House (OH) Lisboa que registamos uma adesão extraordinária, de especialistas, mas sobretudo do público em geral, que tem vindo a ser crescente", conta em vídeo ao idealista/news o diretor executivo da Trienal de Arquitetura de Lisboa, responsável pela organização do evento, que este ano decorreu a 10 e 11 de outubro em Lisboa e já está em mais de 30 cidades internacionais.

O idealista/news entrevistou ainda a diretora do atelier-museu Júlio Pomar, Sara Antónia Matos, e a arquiteta Helena Jerónimo, da Casca, responsável pela reabilitação de uma casa pombalina na Baixa lisboeta (cuja decoração esteve a cargo de César Travassos da Hangar) que falam no vídeo sobre a relevância dos espaços pelos quais são responsáveis e estão, respetivamente, nas seguintes fotos.


Qual foi o espaço com maior procura na edição de 2015?
O OH Lisboa contou este ano com um roteiro de 70 espaços, 30 dos quais foram abertos pela primeira vez. A grande estrela desta edição foi, sem dúvida, a Ponte 25 de Abril. "Neste caso, as visitas (à semelhança de outros 20 espaços) eram feitas por marcações e as entradas esgotaram imediatamente", diz Manuel Henriques, explicando que "houve uma gigantesca procura, porque foi a primeira e, provavelmente, a última vez que foi aberto ao público, devido às caraterísticas do equipamento e às questões de segurança que são obrigatórias para permitir o acesso das pessoas".

Além das estreias, a organização faz sempre questão de também renovar os espaços que costumam suscitar maior interesse, como por exemplo a Fundação Champalimaud ou o Teatro Thalia (que esteve 180 anos fechado e foi reaberto para a OH em 2014 e, novamente, este ano).
O Aqueduto das Águas Livres, o Atelier-Museu Júlio Pomar, a Biblioteca Nacional, um Apartamento em Santa Catarina, o Convento Madre Deus - Museu do Azulejo, a ETAR de Alcântara e Reabilitação na Baixa foram alguns dos outros espaços que estiveram este ano de "portas abertas".
Evento gratuito
O OH Lisboa é um evento de participação e organização gratuitas. "Sem a generosidade dos proprietários, o trabalho de uma equipa muito esforçada e de um grupo de 180 voluntários inacreditável não seria possível montar este evento que conta com a visita de mais de 15 mil pessoas", considera Manuel Henriques.
Na primeira edição de Lisboa, em 2012, a OH registou perto de 13 mil visitas, número que subiu para 16 mil visitas em 2013 e desceu para as atuais cerca de 15 mil visitas. A organização explica esta redução com o aumento de visitas condicionadas.
O que esperar da edição de 2016?
Uma das grandes caraterísticas de 2015 foi o aumento "enorme de especialistas a fazer visitas comentadas. Tivemos 60 especialistas e nas outras tinham sido menos de 20".
Para o próximo ano, o responsável promete aperfeiçoar ainda mais o evento. "Mais do que um número de visitantes o que queremos é melhorar o roteiro dos espaços, bem como o tipo e a qualidade das visitas para proporcionar às pessoas uma experiência inesquecivel e de grande qualidade, adianta o diretor executivo da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
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