Segundo a consultora Imovendo, “é expetável que o mercado de compra e venda de moradias recupere de forma mais célere”.
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“Mercado imobiliário regista já sinais lentos de inversão de tendência do lado da procura”
idealista/news

Irá o setor imobiliário recuperar o fulgor que perdeu nos últimos tempos, na sequência da pandemia do novo coronavírus? “Apesar do futuro próximo não se revelar promissor, o mercado regista já sinais lentos de inversão de tendência do lado da procura, estimando-se uma recuperação em ‘V’, embora um ‘V’ muito aberto do lado da recuperação”, revela a consultora imobiliária Imovendo, em comunicado, sublinhando que será, por isso, uma recuperação “mais demorada”.

“Todavia, é expetável que o mercado de compra e venda de moradias recupere de forma mais célere, uma vez que este tipo de produto não só se destina, geralmente, a segmentos de população de mais altos rendimentos, como não sofrerá (como no caso dos apartamentos) de uma maior instabilidade de preços, por via da injeção de novo produto oriundo do Alojamento Local (AL)”, lê-se no documento.

Segundo Manuel Braga, CEO da empresa, “hoje, quem tem o poder, é a procura”. “Até 15 de março, quem definia preços era o proprietário, mas agora o comprador sabe que é um ativo raro e dita condições. Há quem só visite imóveis na condição do proprietário baixar 10% à cabeça. E com o eventual agravamento da crise, poderão, mesmo, acabar por aceitar”, diz o responsável.

A consultora considera que “a queda abruta da procura imobiliária parece já ter iniciado a sua recuperação, mas com um comportamento não simétrico, que resulta sobretudo da combinação de 3 factores”. A ver: 

  • Sanitários, uma vez que o estado de emergência ainda se encontra em vigor e o isolamento social ainda está recomendado; 
  • Emocionais, pois a questão de fundo não é a de saber se é possível adquirir um imóvel, mas se as famílias se encontram emocionalemnte disponíveis para tomar essa decisão agora;
  • Económicas, em virtude da contracção económica ter atirado mais de 1 milhão de portugueses para o lay-off ou para o desemprego e todos os sinais apontarem para uma deterioração do emprego e da conjuntura económica em Portugal nos próximos 12 a 24 meses.
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