Comentários: 0

Fundada em 1985, a INS Portugal Property Adivisors caracteriza-se como uma “imobiliária 'boutique' pela aposta dos seus 25 colaboradores em serviços personalizados para cada cliente”. Atualmente funciona no Estoril, Lisboa e Oeiras e tem ainda dois escritórios de representação no Porto e no Algarve. O diretor da INS, Francisco Próspero, conversou com o idealista/news sobre o impacto deste segundo confinamento e revelou que “os negócios reduziram substancialmente”. Antes disso, “o negócio estava a decorrer dentro da normalidade de 2020 em que tínhamos aumentado a faturação em cerca de 30% em relação ao ano anterior”, segundo revelou o responsável.

“Manter a segurança, a nossa e das nossas famílias e clientes”, é o principal desafio dos tempos que vivemos para o diretor da INS. “A impossibilidade de circulação e a impossibilidade de contacto pessoal com os clientes”, são outras das dificuldades sentidas no setor imobiliário em tempos de pandemia.

O que mudou no negócio: antes e depois da pandemia

Antes do primeiro confinamento, no ano passado, o “dia a dia do consultor era passado a acompanhar clientes em visitas ou em prospeção ou no escritório a filtrar contactos e a fazer follow-up de clientes e a ver o portfolio de imóveis”. Atualmente, descreve Francisco Próspero para a segunda edição da rubrica “Diários de mediadores em casa”, “o dia a dia do consultor é passado em casa, em recolhimento domiciliário, a acompanhar os clientes à distância, mantendo os procedimentos de segurança”. Em relação ao primeiro confinamento, momento em existia muito desconhecimento do vírus, os consultores da INS são agora capazes de manter os procedimentos de segurança “e continuar a fazer os possíveis para prestar o melhor serviço aos clientes”. 

Em março de 2020, em reação ao início da pandemia, a imobiliária implementou uma plataforma de trabalho “google-based” dando a possibilidade de acesso remoto à base de dados “que aos poucos vai sendo incorporada/ digitalizada”, explicou Francisco Próspero ao idealista/news. “Utiliza-se Zoom, Meats, Facetime e/ou vídeo chamada Whatsapp, tours virtuais”, acrescentou.

Durante os últimos meses, estas ferramentas foram melhoradas, o que permite enfrentar este segundo confinamento de outra forma. Para já existem negócios a ser fechados, mas são processos que começaram antes da decisão política de confinamento.

Perspetivas de futuro

Em termos de contexto de mercado imobiliário, além dos desafios associados à Covid-19, a INS relata que “os proprietários de imóveis não têm grande disponibilidade para redução de preço e os compradores pretendem encontrar soluções de mercado que não existem”.

No entanto, as oportunidades de negócio continuam a acontecer, principalmente “com pessoas que tenham necessidade de fazer negócio rápido e ao nível de propriedades comerciais”.

Apesar de todos os desafios, Francisco Próspero acredita que no futuro próximo, ultrapassadas as dificuldades que existem neste momento, “com as vacinas, a estabilização do mercado e dos preços e, a longo prazo, uma subida mais sustentada, nas zonas mais conceituadas, prevemos alguma subida de preços, sobretudo suportada pelo mercado internacional”. Este cenário terá bastante impacto na INS, “pelas ligações ao mercado internacional através da Leading RE e da Luxury Portfolio que permite ter acesso a clientes estrangeiros investidores e residenciais”.

A INS continuará a apostar “na qualidade mais do que na quantidade”, destaca.

E este mediador não tem dúvidas: "Todas as situações de crise trazem problemas, mas ao mesmo tempo podem trazer algumas vantagens concorrenciais, desde que sejam aproveitadas para a empresa se reinventar e encontrar novos procedimentos”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade