Arrendar ou comprar casa consome grande parte do rendimento familiar
A habitação continua a consumir grande parte do rendimento familiar de quem vive em Portugal, refletindo as dificuldades que muitas famílias enfrentam para arrendar ou comprar casa. Em concreto, o esforço financeiro exigido para arrendar uma casa em Portugal continua elevado, situando-se em 83% no terceiro trimestre de 2025. Já na compra de habitação, a taxa de esforço nacional fixou-se nos 70%, segundo uma análise do idealista, editor desta newsletter.
 Rendas pesam mais nos salários – esforço na compra de casa estabiliza
O acesso à habitação em Portugal continua a agravar-se, com os preços das casas a subir muito mais que os salários das famílias. Embora as rendas estejam a perder ritmo de crescimento, a sua evolução foi suficiente para que o esforço financeiro exigido para arrendar casa no país tenha aumentado para 83% no segundo trimestre de 2025, mais ponto percentual (p.p.) face há um ano. Já na compra de habitação, a taxa de esforço nacional manteve-se estável nos 71% durante esses dois momentos, o que pode refletir um contrabalanço entre a subida do preço das casas e a queda dos juros no crédito habitação, sugere a mais recente análise do idealista, editor desta newsletter.
 Comprar ou arrendar casa é “inviável” em mais de 75 municípios do país
Os salários das famílias têm vindo a crescer a um ritmo muito inferior aos preços das casas para comprar ou arrendar, um desfasamento que sugere “um agravamento das dificuldades de acesso à habitação por parte das famílias portuguesas”, conclui o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
 Comprar casa: taxa de esforço subiu para 41%
A perda de poder de compra e subida acentuada dos juros nos últimos meses está a provocar um aumento no esforço financeiro das famílias portuguesas para a compra de casa. O custo de vida está a subir a uma maior velocidade que os salários, e isso reflete-se na taxa de esforço, que subiu 13 pontos percentuais num ano. No terceiro trimestre de 2022, as famílias destinavam 41% dos seus rendimentos para a habitação, valor que compara com os 28% observados em igual período do ano passado.
 Qual é a taxa de esforço para comprar casa em Portugal?
O desnível entre os valores das casas para comprar e os salários dos portugueses está cada vez maior. Isto porque os preços das casas estão a subir a uma maior velocidade que os rendimentos.
 Arrendamento “vivo” em Lisboa e com número recorde de novos contratos
No primeiro semestre do ano, foram celebrados 9.065 novos contratos de arrendamento no concelho de Lisboa, “um recorde desde que há registos”, revela em comunicado a LXhabidata, uma nova plataforma digital que reúne de forma sistemática dados relativos à habitação nos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Segundo dados divulgados pelo idealista, o preço das casas colocadas no mercado de arrendamento desceu 4,2% num ano. 
 Quais as cidades do sul da Europa onde é maior o esforço para pagar a renda da casa?
Milão é a cidade do sul da Europa onde a taxa de esforço das famílias para o pagamento da renda de uma casa é maior: 42,6%. Um valor superior ao registado, por exemplo, em Madrid/Espanha (36,3%) e Lisboa (35,8%). Destaque para outra cidade portuguesa, Setúbal, que se encontra no segundo lugar do ranking (40,6%). Em causa está um estudo do idealista, que cruzou os preços de arrendamento de março de 2021, nas metrópoles de Itália, Espanha e Portugal, com a estimativa de rendimentos líquidos familiares nesse mesmo período de tempo.
 Taxa de esforço para arrendar casa em Lisboa é muito superior à de Berlim e Barcelona
Tem-se assistido em Portugal a uma escalada de preços no mercado de arrendamento. Um cenário que se verifica também noutras cidades europeias, conforme contou ao idealista/news Christian Ammann, CEO da Century 21 Alemanha – falando sobre o caso de Berlim –, mas que tem um “peso” maior no país. Isto porque a taxa de esforço para arrendar casa em Lisboa chega a ser de 58%, um valor bem superior à verificada em Berlim (40%) e Barcelona (45%).
 proposta do psd e do cds prevê subida do “spread” em algumas situações
os bancos vão poder agravar os encargos com o crédito à habitação em algumas situações, nomeadamente através da subida do “spread”. tal poderá acontecer em caso de divórcio, separação de bens ou falecimento de um dos cônjuges e sempre que os rendimentos cubram menos que 55% da prestação da casa.