
No ano passado, a Câmara Municipal de Lisboa registou um número recorde de cancelamentos de Alojamentos Locais (AL). O município recebeu mais de 1.000 pedidos após a entrada em vigor do programa Mais Habitação, aprovado pelo anterior Governo de António Costa.
Segundo dados citados pelo Diário de Notícias, a autarquia recebeu 1.024 pedidos voluntários para encerrar a atividade de AL em 2023, mais de metade (556) no mês de dezembro. Um número cinco vezes superior ao registado em 2022, ano em que a autarquia registou apenas 220 pedidos.
Recorde-se que a nova lei trouxe medidas restritivas para o negócio de AL, nomeadamente a contribuição extraordinária sobre o alojamento local (CEAL) de 15% a calcular tendo por base os coeficientes económicos e de pressão urbanística. É aplicada em apartamentos de AL e em estabelecimentos de hospedagem em apartamentos no litoral do país (zonas mais densificadas).
Os novos registos passaram a ter duração de cinco anos e as licenças existentes serão alvo de reapreciação em 2030, ano a partir do qual passariam a ser renováveis por cinco anos.
De acordo com a autarquia, desde que a legislação mudou, houve 30 novos pedidos para registar Alojamentos Locais em Lisboa. Destes, 13 “foram objeto de oposição”.
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